María Corina Machado descarta retorno de González à Venezuela por falta de ‘condições’



Brasília, 24 de agosto de 2023 – A líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado, descartou nesta quinta-feira (24) a possibilidade de retorno de venezuelanos à Venezuela sob o governo de Nicolás Maduro, alegando a falta de condições mínimas para garantir a segurança e o bem-estar dos refugiados. Em entrevista concedida em Brasília, durante visita oficial ao Brasil, Machado enfatizou a necessidade de uma transição democrática efetiva no país vizinho antes que qualquer programa de repatriação possa ser considerado viável.

A declaração de Machado surge em meio a um debate crescente sobre o futuro dos mais de sete milhões de venezuelanos que fugiram do regime de Maduro, buscando refúgio em países vizinhos, como o Brasil, Colômbia e Peru. Embora alguns governos tenham implementado programas de assistência humanitária e integração para esses migrantes, a perspectiva de um retorno seguro e voluntário permanece incerta para a maioria.

Machado argumentou que a atual situação política na Venezuela impossibilita um retorno digno. Segundo ela, a falta de liberdade, perseguição política e a grave crise econômica e humanitária tornam o país inabitável para muitos venezuelanos. A líder opositora destacou a ausência de garantias de direitos básicos, como segurança alimentar, acesso à saúde e liberdade de expressão, como fatores cruciais para impedir qualquer consideração de retorno sob o atual regime.

A entrevista de Machado em Brasília ocorreu durante uma agenda de compromissos oficiais no Brasil, onde se reuniu com autoridades governamentais e representantes da sociedade civil. Ela reiterou seu compromisso com a luta pela democracia na Venezuela e afirmou que continuará a trabalhar para pressionar a comunidade internacional a exigir mudanças significativas no país. A líder opositora não apresentou propostas alternativas para o retorno dos refugiados, limitando-se a destacar a precariedade da situação atual na Venezuela e a impossibilidade de um retorno seguro sob o governo Maduro.

Em suma, a posição inflexível de Maria Corina Machado reforça a complexidade do desafio humanitário enfrentado pela região em relação à crise migratória venezuelana. A falta de condições mínimas de segurança e bem-estar no país, segundo a líder opositora, impede qualquer possibilidade de retorno em massa enquanto o atual governo permanecer no poder. A declaração ressalta a necessidade urgente de uma solução política abrangente na Venezuela para garantir não apenas o retorno seguro dos refugiados, mas também a reconstrução de um país estável e próspero.

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