Mar gelado no Rio: entenda como a temperatura da água fica tão fria em meio a calor recorde



Mar gelado no Rio de Janeiro: calor recorde não impede águas frias em Copacabana

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2025 – Enquanto o Rio de Janeiro registrava temperaturas elevadas e um calor recorde, um fenômeno curioso chamou a atenção dos banhistas: a água do mar na praia de Copacabana estava excepcionalmente fria. A sensação térmica de água gelada, contrastando com o calor do ar, deixou muitos se questionando sobre o motivo dessa discrepância. Mas a ciência explica.

A reportagem do G1 investigou o fenômeno e apontou que a diferença de temperatura entre a água e o ar se deve a um conjunto de fatores. Segundo especialistas, a temperatura da água do mar na orla carioca está em torno de 23°C a 24°C, enquanto a temperatura do ar atingiu picos bem acima dos 30°C. Essa diferença, para quem sai do sol escaldante e mergulha no mar, gera uma sensação de água muito mais fria do que realmente está.

Um dos fatores que contribui para essa temperatura mais baixa da água é a ressurgência, um fenômeno oceânico que traz águas mais profundas e frias para a superfície. A ressurgência, explicam os especialistas, ocorre com mais intensidade em certas épocas do ano, e suas correntes podem trazer águas significativamente mais frias do que a média superficial, influenciando a temperatura da água na orla.

Outro ponto crucial, de acordo com os especialistas, é a profundidade da água. A água mais próxima da superfície, exposta ao sol, tende a esquentar mais rapidamente. Entretanto, as águas mais profundas permanecem com temperaturas mais amenas e, em caso de ressurgência, atingem a superfície, contribuindo para a sensação de água fria.

Além disso, a estação do ano também influencia a temperatura da água. Apesar do calor recorde, o verão ainda está em seu início, e a temperatura do mar nem sempre acompanha fielmente as variações bruscas da temperatura do ar. A inércia térmica da água do oceano faz com que ela reaja mais lentamente às mudanças de temperatura do ambiente.

Concluindo, a sensação de mar gelado em meio a um calor recorde no Rio de Janeiro é resultado de uma combinação de fatores, que incluem a ressurgência, a profundidade da água, a inércia térmica e o início da estação mais quente do ano. O fenômeno, apesar de surpreendente para alguns banhistas, é explicado pela ciência e demonstra a complexidade das interações entre o oceano e a atmosfera. A diferença de temperatura entre a água e o ar, nesse caso, resultou em uma experiência peculiar e marcante para quem enfrentou o contraste na Praia de Copacabana.

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