Mais de 75 ganhadores do Nobel se opõem a Kennedy como secretário da Saúde dos EUA
– Uma carta aberta assinada por mais de 75 ganhadores do Prêmio Nobel expressa forte oposição à indicação de Robert F. Kennedy Jr. para o cargo de Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. A missiva, divulgada nesta quarta-feira, destaca a preocupação com o histórico de Kennedy Jr. de disseminação de desinformação sobre vacinas e outras questões de saúde pública.
Os laureados, representando diversos campos científicos, argumentam que a nomeação de Kennedy Jr. representaria uma ameaça significativa à saúde pública americana. A carta enfatiza a importância da liderança científica e baseada em evidências na tomada de decisões em saúde, e afirma que o histórico do candidato demonstra uma falta de compromisso com esses princípios fundamentais.
“A nomeação do Sr. Kennedy representaria um retrocesso catastrófico para a saúde pública nos Estados Unidos”, alerta a carta. O documento cita especificamente a promoção de informações falsas sobre a ligação entre vacinação e autismo, uma afirmação repetidamente refutada pela comunidade científica. Os signatários argumentam que a disseminação dessas informações falsas coloca em risco a saúde pública, prejudicando os esforços de imunização e promovendo a desconfiança em relação às instituições de saúde.
Além da desinformação sobre vacinação, a carta também critica a postura de Kennedy Jr. em relação à pandemia de COVID-19. Os ganhadores do Nobel expressam preocupação com suas declarações questionando a eficácia de medidas de saúde pública comprovadamente eficazes no combate à pandemia.
A carta aberta conclui com um apelo aos tomadores de decisão para que reconsiderem a nomeação, enfatizando a necessidade de um líder comprometido com a ciência e a saúde pública no comando do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. A iniciativa demonstra a crescente preocupação entre a comunidade científica com a potencial influência de indivíduos que promovem informações falsas e prejudiciais à saúde pública em posições de poder. A forte oposição de mais de 75 laureados com o Nobel reforça a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta cuidadosa e embasada em evidências científicas.