Mais de 41% dos resíduos urbanos tiveram destinação inadequada em 2023



– Um retrato preocupante da gestão de resíduos sólidos no Brasil foi apresentado: mais de 41% dos resíduos urbanos gerados em 2023 tiveram destinação inadequada, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Este índice alarmante demonstra a urgência de políticas públicas mais eficazes para o manejo de lixo no país e ressalta os impactos negativos para o meio ambiente e a saúde pública.

A pesquisa, que analisou dados coletados em todo o território nacional, revela uma realidade crítica. A destinação inadequada engloba práticas como disposição em lixões a céu aberto, queima a céu aberto e despejo irregular em áreas naturais. Estas práticas contribuem significativamente para a poluição do solo, da água e do ar, além de representarem riscos à saúde da população, devido à proliferação de vetores de doenças e à liberação de gases tóxicos.

O Conama não detalhou as regiões com os maiores índices de destinação inadequada, mas a pesquisa reforça a disparidade entre as diferentes regiões do país no que tange à gestão de resíduos. A falta de infraestrutura adequada para o tratamento de resíduos, especialmente em áreas mais periféricas, é um dos principais fatores que contribuem para este cenário. A ausência de coleta seletiva eficiente e de programas de reciclagem também se destacam como entraves significativos para a melhoria do manejo de lixo no Brasil.

O estudo também aponta a necessidade de investimentos em tecnologias e infraestrutura para o tratamento de resíduos, como a construção de aterros sanitários adequados e o incentivo à compostagem. Além disso, a conscientização da população sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem de materiais é fundamental para a mudança de paradigma na gestão de resíduos sólidos no Brasil. A pesquisa do Conama serve como um alerta para a necessidade urgente de ações efetivas por parte dos governos e da sociedade civil para garantir a destinação ambientalmente correta dos resíduos urbanos, mitigando os impactos negativos para o meio ambiente e a saúde pública. A meta de reduzir significativamente esse índice de destinação inadequada requer um esforço conjunto e a implementação de políticas públicas mais ambiciosas e eficientes.

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