Mais 86 celulares são apreendidos em celas e polícia descobre ‘loja’ de assistência técnica dentro da maior penitenciária de MT
Cuiabá, 28 de novembro de 2024 – Em mais uma operação que expõe a fragilidade da segurança em presídios mato-grossenses, a Polícia Penal de Mato Grosso apreendeu 86 aparelhos celulares dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, na quarta-feira (27). A ação, no entanto, revelou algo ainda mais surpreendente: uma verdadeira “loja” de assistência técnica clandestina operando dentro da maior penitenciária do estado.
A descoberta ocorreu durante uma revista de rotina nas celas da unidade prisional. Além dos 86 telefones celulares, foram encontrados diversos componentes eletrônicos, ferramentas e até mesmo um carregador de bateria, indicando uma operação organizada e sofisticada para manutenção e reparo dos aparelhos. A polícia acredita que a “loja” clandestina atendia a demanda dos detentos por reparos e até mesmo por novos aparelhos, reforçando a intrincada rede de contrabando dentro do presídio.
A operação resultou na apreensão de carregadores, baterias, placas-mãe e outras peças utilizadas na manutenção e reparo dos aparelhos. A polícia ainda investiga a origem dos componentes e a rede de pessoas envolvidas na operação clandestina dentro da PCE. A complexidade da situação demonstra a necessidade de aprimoramento das medidas de segurança para impedir a entrada de objetos proibidos nas unidades prisionais.
Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), a PCE abriga aproximadamente 1.600 presos. A quantidade significativa de celulares apreendidos e a descoberta da oficina de reparos ressaltam a necessidade de ações mais eficazes para combater o crime organizado dentro das prisões. A Sejudh não se manifestou oficialmente sobre a descoberta da “loja” de assistência técnica, limitando-se a confirmar a apreensão dos aparelhos.
A Polícia Penal de Mato Grosso continua as investigações para identificar os responsáveis pela operação ilegal e desmantelar a rede de contrabando que abastecia a “loja” clandestina. A apreensão em larga escala de celulares e a descoberta da oficina de reparos representam um duro golpe para o crime organizado dentro da PCE, mas também evidencia a necessidade de estratégias mais efetivas para garantir a segurança e a ordem dentro das unidades prisionais de Mato Grosso. A investigação segue em andamento.