Mãe e padrasto são condenados a 52 anos de prisão pela morte e abuso sexual da menina Sophia de 2 anos



Mãe e padrasto são condenados a 52 anos de prisão pela morte e abuso sexual de Sophia, de 2 anos

Campo Grande (MS) – 5 de dezembro de 2024 – A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou, nesta quarta-feira (4), a mãe e o padrasto da menina Sophia, de 2 anos, à pena de 52 anos de reclusão em regime fechado. O casal foi considerado culpado pela morte da criança e por diversos atos de abuso sexual. A sentença, proferida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, encerra um capítulo de sofrimento para a família da vítima e para a sociedade, que acompanhou com indignação os detalhes brutais do crime.

O Ministério Público Estadual (MPE-MS) havia denunciado o casal por homicídio qualificado, por motivo torpe, com emprego de asfixia, e por estupro de vulnerável, além de outros crimes. As investigações apontaram que Sophia sofreu diversos maus-tratos e abusos sexuais antes de sua morte. A perícia médica constatou lesões graves compatíveis com asfixia e violência sexual. O laudo confirmou as agressões sofridas pela criança, detalhando a gravidade das lesões e comprovando os crimes cometidos.

Durante o julgamento, o promotor de justiça, que não teve seu nome divulgado na reportagem, apresentou provas contundentes, incluindo depoimentos de testemunhas e laudos periciais, que deixaram claro o envolvimento de ambos os réus no crime. A defesa dos acusados, por sua vez, tentou argumentar que os fatos não foram comprovados, mas não conseguiu reverter a decisão da Justiça.

A mãe de Sophia recebeu uma pena de 26 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável. Já o padrasto foi condenado a 26 anos por homicídio qualificado e outros crimes cometidos contra a menina. As penas serão cumpridas em regime fechado. A sentença, que ainda cabe recurso, representa uma vitória para a justiça, mas não apaga a dor da perda da pequena Sophia. O caso reacendeu o debate sobre a violência contra crianças e a importância da proteção de menores vulneráveis.

O julgamento, que durou dois dias, foi marcado por momentos de tensão e comoção, principalmente por parte dos familiares e amigos de Sophia. A sentença de 52 anos de prisão para a mãe e o padrasto, embora não possa trazer de volta a criança, demonstra o compromisso do Judiciário em punir com rigor os autores de crimes tão hediondos. A expectativa é que a decisão sirva de alerta à sociedade e fortaleça as ações de combate à violência infantil.

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