Mãe da bebê sequestrada em Alagoas muda versão sobre caso: ‘Não existiu carro, nem pessoas’, diz delegado

Mãe de bebê sequestrada em Alagoas muda versão; caso não existiu, diz delegado
Maceió, 14 de abril de 2025 – O caso do suposto sequestro de uma bebê de apenas três meses em Maceió, Alagoas, sofreu uma reviravolta na tarde deste domingo. A mãe da criança, que inicialmente relatou ter sido abordada por duas mulheres em um carro preto, mudou completamente sua versão dos fatos para a polícia. Segundo o delegado Gustavo Xavier, responsável pela investigação, a história do sequestro foi inventada e não houve carro, nem pessoas envolvidas no incidente.
A confusão começou na sexta-feira (11), quando a mãe procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência relatando o suposto sequestro ocorrido na sexta-feira. A mulher alegou que estava em um ponto de ônibus no bairro do Farol, quando duas mulheres em um veículo preto a abordaram e levaram a bebê. A descrição do carro e das suspeitas gerou uma grande mobilização policial, com buscas intensas pela região, inclusive com uso de câmeras de segurança e imagens de ruas próximas.
No entanto, após investigações preliminares que incluíram análise de câmeras de segurança e entrevistas com testemunhas, as contradições no depoimento da mãe começaram a surgir. De acordo com o delegado Xavier, as imagens de segurança não comprovaram a presença de um carro preto ou indivíduos com as características descritas pela mãe, no local e horário mencionados. Diante das inconsistências apresentadas, a mulher acabou confessando que inventou a história do sequestro.
Ainda não foram divulgados os motivos que levaram a mãe a inventar o sequestro. O delegado Xavier afirmou que as investigações prosseguirão para apurar as circunstâncias e motivações que levaram a essa falsa denúncia. A criança foi encontrada bem e está sob os cuidados da mãe. A polícia agora vai analisar se a mãe será indiciada por algum crime, como comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro. A pena para este tipo de crime varia de um a seis meses de detenção, além de multa. O caso serve como alerta para a importância da checagem de informações antes da divulgação e da necessidade de responsabilidade na comunicação de ocorrências policiais. A investigação segue em andamento para esclarecer completamente os fatos.