Macron volta a criticar acordo UE-Mercosul



Macron volta a criticar acordo UE-Mercosul, em meio a preocupações ambientais

– O presidente francês, Emmanuel Macron, voltou a manifestar suas reservas em relação ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira. As declarações, que seguem uma linha crítica já expressa anteriormente por Macron, ressaltam as preocupações francesas com as implicações ambientais do acordo, especialmente no que diz respeito à proteção da Amazônia.

Macron reiterou sua posição contrária à ratificação do acordo na sua forma atual, argumentando que o bloco sul-americano não demonstra o compromisso suficiente com a preservação ambiental. O presidente francês destacou a necessidade de mecanismos mais eficazes de monitoramento e fiscalização das políticas ambientais dos países do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – antes de qualquer aprovação final. Ele não mencionou percentuais específicos de desmatamento ou metas ambientais, mas enfatizou a importância de que o acordo contemple efetivamente a proteção da biodiversidade e o combate ao desmatamento ilegal na região.

A posição francesa representa um obstáculo significativo para a conclusão do processo de ratificação do acordo, que já enfrenta atrasos consideráveis. Embora a União Europeia como um todo tenha concluído as negociações em 2019, a falta de consenso entre os seus Estados-membros tem impedido sua entrada em vigor. Países como a França, preocupados com os impactos ambientais, têm pressionado por garantias adicionais de sustentabilidade por parte do Mercosul, enquanto outros defendem a conclusão rápida do acordo, destacando seus benefícios econômicos.

A declaração de Macron reforça as tensões internas dentro da UE em relação ao acordo com o Mercosul. A divergência entre os interesses econômicos e as preocupações ambientais demonstra a complexidade das negociações e a necessidade de um equilíbrio entre desenvolvimento comercial e preservação do meio ambiente. A postura francesa demonstra que o futuro do acordo UE-Mercosul permanece incerto e dependente de negociações e concessões adicionais por parte dos países sul-americanos. A pressão para uma solução diplomática permanece alta, com a necessidade de uma posição consensual entre os Estados membros da UE para garantir a ratificação ou uma renegociação do tratado.

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