Macron tem um novo primeiro-ministro, mas os mesmos problemas de sempre
Macron nomeia novo primeiro-ministro, mas desafios franceses persistem
Paris, 15 de dezembro de 2024 – A França tem um novo primeiro-ministro, mas os problemas que afligem o país permanecem os mesmos. Elisabeth Borne deixou o cargo neste domingo, dando lugar a Gérald Darmanin, atual ministro do Interior. A nomeação, anunciada pelo Palácio do Eliseu, ocorre em meio a uma série de desafios que continuam a assombrar o governo de Emmanuel Macron, mesmo após a reeleição em 2022.
A troca no comando do governo francês não representa uma mudança significativa de rumo na política econômica e social do país. Darmanin, conhecido por sua linha dura em questões de segurança e imigração, assume a liderança em um momento de grande instabilidade. As reformas econômicas implementadas por Macron, embora visando modernizar a economia francesa, continuam a enfrentar forte resistência da população, especialmente em relação à reforma das pensões, que gerou protestos e greves generalizadas.
A popularidade de Macron continua baixa, atingindo o menor nível desde o início de seu segundo mandato, segundo pesquisas recentes. A alta inflação e o aumento do custo de vida são apontados como os principais motivos para a insatisfação da população. Além disso, a questão da imigração permanece um tema altamente polarizado na França, gerando tensões sociais e políticas.
O novo primeiro-ministro terá o desafio de lidar com esses problemas complexos e tentar aprovar reformas cruciais que, até o momento, têm encontrado forte oposição. A experiência de Darmanin no Ministério do Interior, onde enfrentou situações de crise e protestos, pode ser um trunfo para navegar pelas dificuldades que o aguardam. No entanto, a tarefa de pacificar o país e implementar as políticas do governo Macron em meio à profunda divisão social parece ser árdua.
A nomeação de Darmanin como primeiro-ministro representa, portanto, uma aposta de Macron em um perfil conhecido por sua firmeza e capacidade de lidar com situações de crise. Resta saber se essa escolha será suficiente para superar os desafios que se apresentam e reverter a tendência de baixa popularidade do governo. A estabilidade política da França e a capacidade de implementação de políticas de longo prazo continuam sob forte interrogação.