Lula sugere ‘referendo’ sobre territórios na Ucrânia e diz que G20 não vai discutir a guerra
Lula sugere referendo em territórios ucranianos e diz que G20 não discutirá guerra
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (1º de novembro), em entrevista coletiva em Nova Déli, na Índia, que um referendo sobre o futuro dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia é uma das soluções possíveis para o fim da guerra.
Lula, que participa da cúpula do G20, também disse que a guerra não será tema de debate no encontro. “Não acredito que o G20 vá discutir a guerra na Ucrânia”, afirmou o presidente brasileiro.
“O Brasil sempre defendeu o diálogo para resolver a guerra na Ucrânia”, disse Lula. “Mas não acredito que a guerra vai ser resolvida por uma mesa de negociação. Acredito que a guerra vai ser resolvida com o diálogo e com a construção de uma solução para o problema da Ucrânia.”
Ao ser questionado sobre a proposta de uma solução para a guerra, o presidente brasileiro sugeriu a realização de um referendo nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia. “Acho que a solução para a guerra é a realização de um referendo nesses territórios, para que as pessoas decidam qual o futuro que elas querem”, disse Lula.
O presidente brasileiro também criticou a postura dos países do Ocidente, que ele considera estar alimentando a guerra ao fornecer armas para a Ucrânia. “Eu não entendo por que os países do Ocidente estão tão interessados em prolongar a guerra”, disse Lula. “Acho que eles deveriam estar interessados em buscar uma solução pacífica.”
Lula também defendeu a neutralidade do Brasil em relação à guerra na Ucrânia. “O Brasil é um país neutro em relação à guerra na Ucrânia”, afirmou. “Nós queremos ajudar a encontrar uma solução pacífica para o conflito, mas não vamos tomar partido de nenhum dos lados.”
A declaração de Lula sobre o referendo e a postura de neutralidade do Brasil geraram reações controversas. Alguns analistas políticos consideram a proposta do presidente brasileiro como um sinal de que o Brasil está buscando um papel mais ativo na resolução do conflito na Ucrânia. Outros criticam a postura de neutralidade do Brasil, argumentando que a Rússia é a agressora e que a Ucrânia precisa de apoio.
O presidente brasileiro, no entanto, manteve sua posição. “O Brasil está comprometido com a paz e com a busca de uma solução pacífica para a guerra na Ucrânia”, disse Lula. “E acreditamos que a realização de um referendo nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia pode ser um caminho para alcançar esse objetivo.”