Lukashenko é reeleito presidente de Belarus com quase 90% dos votos
– O presidente Alexander Lukashenko foi reeleito para um sexto mandato como presidente de Belarus neste domingo, com quase 90% dos votos, segundo resultados oficiais divulgados pela Comissão Eleitoral Central do país. A vitória esmagadora, anunciada após o fechamento das urnas, reforça o poder de Lukashenko, que governa o país com mão de ferro há quase 30 anos.
A oposição, no entanto, já denunciou a eleição como fraudulenta, alegando manipulação dos resultados e repressão aos seus ativistas. A campanha eleitoral foi marcada por uma intensa repressão aos opositores, com prisões e impedimentos à participação política. Diversos candidatos potenciais, incluindo figuras proeminentes da oposição, foram impedidos de concorrer, enfraquecendo significativamente o processo democrático.
Os resultados oficiais apontam para uma vitória de Lukashenko com 87,2% dos votos. A baixa participação, estimada em 65,15%, contrastou com a forte repressão à oposição e levantou suspeitas sobre a legitimidade do processo eleitoral. A Comissão Eleitoral Central divulgou os dados sem apresentar provas robustas que atestem a transparência e a isenção do processo de apuração.
A comunidade internacional já manifestou preocupações em relação à legitimidade da eleição e a falta de transparência durante o processo. Diversos países ocidentais, inclusive membros da União Europeia, condenaram o que consideram uma manipulação do pleito e reiteraram seu apoio à oposição democrática de Belarus. A ausência de observadores internacionais independentes credíveis reforça essas preocupações e questionamentos sobre a veracidade dos números oficiais divulgados.
A reeleição de Lukashenko, portanto, não apenas consolida seu poder autoritário, mas também intensifica o impasse político e as tensões com a comunidade internacional. A falta de um processo eleitoral livre e justo levanta sérias dúvidas sobre o futuro da democracia e dos direitos humanos em Belarus. A comunidade internacional, observa atentamente o desenvolvimento da situação, aguardando os próximos passos do governo e da oposição.