Lira reage ao Carrefour e defende pautar ‘reciprocidade econômica’ na Câmara
Lira reage ao Carrefour e defende pautas de reciprocidade econômica na Câmara
– O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, reagiu nesta sexta-feira às declarações do Carrefour sobre a intenção de reduzir sua presença no Brasil. Em resposta, Lira defendeu a pauta da reciprocidade econômica como forma de proteger o mercado interno e garantir condições mais justas para as empresas nacionais.
A manifestação de Lira surge após o Carrefour anunciar que pretende reduzir suas operações no país, em meio a discussões sobre a tributação e o ambiente de negócios no Brasil. Embora o Carrefour não tenha especificado percentuais de redução, a declaração gerou preocupação entre parlamentares e setores empresariais, que temem um impacto negativo na economia e no emprego.
O presidente da Câmara argumentou que a reciprocidade econômica, ou seja, a aplicação de medidas que garantam tratamento igualitário entre empresas nacionais e estrangeiras, é fundamental para evitar situações como a ameaçada redução da presença do Carrefour. Ele destacou a necessidade de equilibrar o ambiente de negócios, assegurando que empresas internacionais atuem no Brasil sob as mesmas condições impostas às empresas brasileiras em seus países de origem.
Lira afirmou que a Câmara dos Deputados está disposta a discutir e aprovar leis que promovam a reciprocidade econômica, visando a proteção do mercado interno e a geração de empregos. Ele não mencionou propostas legislativas específicas, mas enfatizou a importância do tema na agenda do Poder Legislativo. A discussão sobre a reciprocidade econômica, segundo Lira, deve levar em conta não apenas a questão tributária, mas também aspectos relacionados à regulamentação e à concorrência. A intenção é criar um ambiente mais justo e atrativo para os investimentos, tanto nacionais quanto estrangeiros, sem abrir mão da defesa dos interesses brasileiros.
A fala de Lira sinaliza uma postura mais protecionista por parte da Câmara dos Deputados em relação ao comércio exterior. Resta saber como a agenda da reciprocidade econômica será concretizada e quais medidas serão adotadas para alcançar o equilíbrio desejado no ambiente de negócios brasileiro. A expectativa é que o debate ganhe força nas próximas semanas, com a possibilidade de novas propostas legislativas surgirem em resposta à declaração do Carrefour e à posição defendida pelo presidente da Câmara.