Líder de gangue acusa idosos de praticar vodu para matar seu filho, ordena massacre e deixa 180 mortos no Haiti
Porto Príncipe, Haiti – 9 de dezembro de 2024 – Ao menos 180 pessoas foram mortas em um massacre brutal no Haiti, atribuído a uma gangue que acusou as vítimas de praticarem vodu. O atroz crime, ocorrido em várias localidades rurais do país, chocou a população e reacendeu o debate sobre a violência desenfreada que assola a nação caribenha.
De acordo com informações da polícia haitiana, a gangue, ainda não identificada nominalmente, invadiu diversas comunidades, selecionando e executando seus moradores. A justificativa apresentada para os assassinatos seria a prática de vodu pelas vítimas, religião tradicionalmente praticada por muitos haitianos. Testemunhas relataram cenas de extrema violência, com os criminosos cometendo atrocidades e deixando rastros de destruição em seu caminho. A falta de uma presença policial efetiva nas áreas rurais contribuiu para a facilidade com que a gangue agiu, perpetrando o massacre.
O número de mortos, inicialmente estimado em 180, pode ser ainda maior, segundo autoridades, já que as buscas por corpos em áreas remotas ainda estão em andamento. A dificuldade de acesso a essas regiões, somadas à insegurança, dificultam os esforços de resgate e investigação. As autoridades haitianas não deram detalhes sobre as medidas que estão sendo tomadas para prender os responsáveis pelo massacre, além de mencionar a busca por corpos e a investigação dos crimes.
A comunidade internacional expressou preocupação com o agravamento da situação de violência no Haiti, onde gangues disputam o controle de territórios e a população vive sob o constante medo. Este massacre brutal, motivado por uma acusação de prática religiosa, destaca a fragilidade das instituições e a falta de segurança que afetam a população haitiana. A escalada da violência demonstra a necessidade urgente de uma intervenção internacional para auxiliar o Haiti a combater a criminalidade e restaurar a ordem. A falta de respostas efetivas do governo haitiano alimenta a preocupação com a possibilidade de novos massacres e a contínua violação dos direitos humanos.
O massacre destaca a profunda crise humanitária e de segurança que afeta o Haiti, necessitando de uma resposta internacional mais forte e coordenada para trazer paz e segurança à população e permitir que se processe as investigações e punições adequadas aos envolvidos nesse crime bárbaro. A comunidade internacional deve pressionar por medidas concretas para conter a violência e garantir a proteção da população haitiana.