Lewandowski rebate senadores e nega ‘perseguição’ da PF a Bolsonaro no inquérito do golpe
Brasília, 28 de agosto de 2023 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rebateu nesta segunda-feira (28) as críticas de senadores sobre a atuação da Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga atos antidemocráticos. Em resposta a questionamentos sobre suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro negou veementemente qualquer prática ilegal ou direcionamento nas investigações.
A polêmica surgiu após senadores da oposição expressarem preocupação com o andamento das apurações, alegando que a PF estaria atuando de forma parcial e direcionada contra Bolsonaro. As críticas se intensificaram com a busca e apreensão realizada na residência do ex-presidente, no âmbito da investigação sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro deste ano.
Em sua resposta, o ministro Moraes afirmou que as investigações seguem os trâmites legais e que a PF atua com total isenção, baseando-se em provas e indícios coletados durante as apurações. Ele enfatizou que todas as ações da Polícia Federal são devidamente justificadas e amparadas por mandados judiciais. Moraes destacou a necessidade de apurar os fatos com rigor e isenção, ressaltando a gravidade dos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília.
O ministro também se defendeu das acusações de parcialidade, reiterando seu compromisso com a imparcialidade e a aplicação da lei de forma justa e equânime. Ele lembrou que o inquérito investiga não apenas Bolsonaro, mas também outras pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro. A investigação busca apurar a responsabilidade dos autores intelectuais e materiais dos ataques às sedes dos Três Poderes, buscando responsabilizar todos os envolvidos, independentemente de sua posição política ou ideológica.
A resposta de Moraes acontece em um momento de alta tensão política no país, com o debate sobre os atos golpistas de 8 de janeiro ainda acalorado. As declarações do ministro representam um posicionamento firme contra as alegações de perseguição política, reafirmando a independência da PF e a busca pela justiça no caso. A resposta do ministro deve dar fôlego aos trabalhos da investigação que, apesar das controvérsias, continua a seu curso.