Justiça mantém prisão de PM suspeito de matar jovem de 16 anos
Justiça mantém prisão de PM suspeito de matar jovem de 16 anos em São Paulo
São Paulo, 22 de agosto de 2023 – A Justiça de São Paulo manteve a prisão preventiva do policial militar, Gabriel Santos de Souza, suspeito de matar o jovem João Pedro Santos de Oliveira, de apenas 16 anos. O crime ocorreu no dia 12 de agosto, no bairro de Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista. A decisão judicial atende ao pedido do Ministério Público, que considerou a prisão necessária para garantir a ordem pública e a instrução criminal.
De acordo com as investigações, o policial militar teria disparado contra João Pedro durante uma abordagem policial. Testemunhas relataram à polícia que o jovem não portava armas e que foi atingido pelas costas. A versão apresentada por Souza diverge da dos depoimentos colhidos. A perícia realizada no local encontrou um único projétil que atingiu o jovem. Laudos periciais complementares ainda estão sendo aguardados.
A defesa de Souza alegou legítima defesa, argumentando que o policial teria se sentido ameaçado pelo jovem. Entretanto, o Ministério Público considerou a versão apresentada pelo PM inconsistente com as provas coletadas até o momento. A promotoria reforçou a gravidade do crime, apontando a desproporcionalidade da ação policial e a ausência de justificativa para o uso letal de força contra um adolescente desarmado.
A prisão preventiva de Souza foi decretada pela 1ª Vara do Júri da capital paulista. A decisão judicial destaca a necessidade de se evitar a fuga do suspeito e a possibilidade de influenciar testemunhas. O processo agora seguirá para a fase de instrução criminal, com a coleta de provas e depoimentos adicionais. A família de João Pedro se manifestou publicamente, exigindo justiça e que o caso seja investigado de forma isenta e transparente.
A manutenção da prisão preventiva representa um passo significativo na investigação do caso. A sociedade aguarda agora os desdobramentos do processo e espera que a Justiça seja feita, apontando responsabilidades pelo trágico assassinato do jovem de 16 anos em Cidade Tiradentes. A repercussão do caso acendeu novamente o debate sobre a violência policial e a necessidade de maior controle e transparência nas ações das forças de segurança.