Justiça mantém liminar que suspende música da cantora Adele, acusada de plágio por sambista
Justiça mantém liminar que suspende música de Adele acusada de plágio por sambista
– A Justiça paulista manteve a liminar que suspende a execução da música “Hold On”, da cantora britânica Adele, no Brasil. A decisão atende a um pedido do sambista carioca, Victor Matheus, que acusa a artista internacional de plágio em sua composição “When We Were Young”. A liminar, concedida em dezembro de 2022, impede a reprodução e distribuição da música de Adele em território nacional em todas as plataformas digitais.
A decisão judicial se baseia na semelhança entre as duas canções, especialmente em relação à melodia e à progressão harmônica. Segundo a decisão, as provas apresentadas por Victor Matheus demonstram “forte indício de violação dos direitos autorais”. A defesa da cantora britânica ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão, que configura um revés significativo para a divulgação de “Hold On” no país.
Victor Matheus, em entrevista concedida após a decisão da justiça, reforçou a sua convicção de que houve plágio. Ele afirma ter registrado sua música “When We Were Young” em 2016, antecedendo o lançamento de “Hold On”, em novembro de 2021. A semelhança entre as composições, segundo o sambista, é inegável, e ele espera que a justiça brasileira reconheça integralmente seus direitos autorais. A decisão judicial não se estende a outras plataformas ou países, focando-se exclusivamente na distribuição e reprodução da música no território brasileiro.
A liminar, apesar de não definir a autoria do plágio, representa um obstáculo relevante para a divulgação da música de Adele no Brasil. A decisão demonstra a preocupação da justiça brasileira em proteger os direitos autorais de artistas nacionais, e o caso configura um precedente importante para outras disputas semelhantes. A próxima etapa do processo dependerá dos próximos passos da defesa de Adele e da continuidade da ação judicial movida por Victor Matheus, que busca indenização pelos danos causados pela suposta violação de seus direitos autorais. O desenrolar do caso permanece incerto, mantendo a atenção da indústria musical e do público brasileiro.