Justiça do Rio absolve PM apontado como autor do disparo que matou a menina Ágatha Félix, em 2019
Justiça do Rio absolve PM apontado como autor do disparo que matou Agatha Félix em 2019
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro absolveu, nesta sexta-feira (9), o policial militar , apontado como o autor do disparo que matou a menina , de 8 anos, em 2019. A decisão foi tomada por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal.
Agatha foi atingida por um tiro de fuzil na cabeça dentro de um ônibus, na , na zona norte do Rio, em . Ela estava no colo da mãe, , que tentava proteger a filha durante um tiroteio entre policiais e criminosos.
O PM Júnior José de Souza foi considerado o autor do disparo pela perícia, que encontrou na mão dele. No entanto, a defesa do policial alegou que ele não tinha como saber que havia uma criança dentro do ônibus e que disparou para o alto em legítima defesa.
O tribunal acolheu a versão da defesa e considerou que a perícia não foi conclusiva para determinar a autoria do disparo, além de considerar que o policial agiu em legítima defesa.
A decisão do tribunal gerou indignação e revolta por parte dos familiares de Agatha e de organizações de direitos humanos. , mãe da menina, criticou a decisão e afirmou que vai recorrer da sentença.
“Eu não sei o que aconteceu. Eu não acredito que o meu filho tenha atirado em um ônibus cheio de gente, mas os peritos acharam que sim. O que a gente pode fazer?”, disse o advogado do policial, , após a decisão do tribunal.
A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro abre um novo capítulo no caso Agatha Félix, que se tornou um símbolo da violência policial no Brasil. A família da menina e a sociedade ainda aguardam uma resposta definitiva sobre o que aconteceu naquele dia fatídico de setembro de 2019.