Justiça determina soltura de dez dos 21 torcedores uruguaios no Rio



Dez torcedores uruguaios são libertados após confusão no Rio de Janeiro

Dez dos 21 torcedores uruguaios presos após uma confusão generalizada no Rio de Janeiro, no dia 10 de novembro, foram libertados nesta segunda-feira (13). A decisão foi tomada pelo juiz Raphael de Oliveira Martins, da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, que considerou que a prisão preventiva dos torcedores era desnecessária.

O grupo de uruguaios, torcedores do Nacional, estava no Rio de Janeiro para acompanhar o jogo contra o Flamengo pela Copa Libertadores da América. A confusão ocorreu após a partida, na saída do estádio, e envolveu a torcida do Flamengo e a polícia. A Polícia Militar do Rio de Janeiro alegou que os torcedores uruguaios foram presos por agressão e resistência à prisão, além de arremesso de objetos. Os torcedores, por sua vez, alegaram que foram agredidos pela polícia e que apenas se defenderam.

De acordo com a decisão do juiz Raphael de Oliveira Martins, a prisão preventiva dos torcedores era desnecessária, já que eles não representam risco à ordem pública e não há provas de que eles tenham cometido os crimes que lhes foram imputados. O juiz também considerou a repercussão internacional do caso, com a mídia uruguaia cobrando a libertação dos torcedores.

“A prisão preventiva deve ser decretada somente em casos de extrema necessidade, para garantir a ordem pública e a aplicação da lei. No caso dos torcedores uruguaios, não há elementos que justifiquem a manutenção de sua prisão”, escreveu o juiz em sua decisão.

A libertação dos dez torcedores foi comemorada pelo Consulado do Uruguai no Rio de Janeiro, que vinha acompanhando o caso de perto. A decisão do juiz pode contribuir para o fim do impasse entre Brasil e Uruguai, que chegou a ser um foco de tensão diplomática.

Apesar da decisão do juiz, outros 11 torcedores uruguaios permanecem presos. Eles devem ser transferidos para o sistema carcerário brasileiro, onde aguardam o julgamento do caso.

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