Justiça decreta prisão preventiva de PM que executou homem negro pelas costas em frente a mercado em SP
São Paulo, 5 de dezembro de 2024 – A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do policial militar que executou um homem negro pelas costas em frente a um mercado na capital paulista. O crime, que gerou indignação e protestos, ocorreu no dia 26 de novembro e foi registrado por câmeras de segurança. A decisão judicial atende ao pedido do Ministério Público, que investiga o caso como homicídio doloso.
O vídeo da câmera de segurança, divulgado amplamente nas redes sociais, mostra o momento em que o policial, identificado como Michel, aborda a vítima, João Alberto de Freitas, de 39 anos, que não oferece resistência. Em seguida, o PM efetua disparos pelas costas de João Alberto, que cai imediatamente. De acordo com testemunhas, não houve qualquer tipo de confronto ou ameaça antes dos disparos. A perícia confirmou a versão dos fatos.
A defesa do policial militar ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão da prisão preventiva. O caso está sendo acompanhado de perto por órgãos de direitos humanos e ativistas, que exigem justiça e punição exemplar para o agente. A prisão preventiva visa garantir a ordem pública e evitar a repetição de crimes semelhantes. As investigações prosseguem para apurar todas as circunstâncias do crime e eventual participação de outros envolvidos. A família de João Alberto, por meio de seus advogados, demonstrou profundo pesar pela perda e afirmou que busca a responsabilização do policial e reparação pelos danos causados.
A execução de João Alberto reforça a preocupação com a violência policial contra a população negra no Brasil. O caso reacendeu o debate sobre racismo e excesso de força nas ações policiais. A prisão preventiva é um primeiro passo na busca pela justiça, mas a luta por mudanças estruturais na segurança pública para evitar novas tragédias segue em curso.