Justiça decreta prisão de médico responsável por hidrolipo que levou à morte paciente de 31 anos



Justiça decreta prisão de médico responsável por hidrolipo que levou à morte de paciente em São Paulo

São Paulo, 28 de janeiro de 2025 – A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do médico responsável por um procedimento de hidrolipo que resultou na morte de uma paciente de 31 anos. A decisão, tomada nesta segunda-feira, atende a um pedido do Ministério Público após investigação que apontou falhas graves no procedimento realizado em novembro de 2024.

A vítima, identificada apenas como Lidiane, faleceu após complicações decorrentes da hidrolipo realizada no consultório do médico, localizado na zona sul da capital paulista. De acordo com as investigações, o procedimento foi realizado sem o devido acompanhamento médico pós-operatório, o que contribuiu significativamente para o óbito. O Ministério Público ressaltou a falta de estrutura adequada para lidar com possíveis intercorrências durante e após o procedimento, um fator crucial que agravou a situação.

O laudo pericial, anexado ao processo, concluiu que houve falhas médicas graves durante e após a realização da hidrolipo. O documento destaca a ausência de monitoramento adequado da paciente, a falta de recursos para lidar com emergências e a ausência de um plano de contingência em caso de complicações. Essas falhas, segundo a perícia, foram determinantes para o desenrolar fatal dos eventos.

O médico, cujo nome não foi divulgado pela reportagem para preservar as investigações, responderá por homicídio culposo, segundo informações do Ministério Público. A prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública e evitar que o médico possa influenciar nas investigações em curso. A defesa do médico ainda não se manifestou sobre o caso.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo se pronunciou sobre o caso, reforçando a importância da fiscalização de clínicas e consultórios que realizam procedimentos estéticos e a necessidade de profissionais qualificados e com estrutura adequada para garantir a segurança dos pacientes. O caso reforça o alerta sobre a necessidade de cautela na escolha de profissionais e estabelecimentos para a realização de procedimentos estéticos, incentivando a busca por referências e informações sobre a qualificação e a segurança oferecidas. A investigação segue em andamento para apurar todas as responsabilidades envolvidas no caso.

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