Justiça de SP mantém prisão de vereador de Carapicuíba detido em flagrante por chamar colega negro de ‘preto safado’
Justiça mantém prisão de vereador de Carapicuíba flagrado por racismo
São Paulo, 11 de dezembro de 2024 – A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do vereador de Carapicuíba, Eduardo Nascimento (Republicanos), detido em flagrante por injúria racial. O parlamentar foi preso na segunda-feira (9) após chamar um colega negro de “preto safado”. A decisão judicial reforça a gravidade do ato e demonstra a postura firme do Poder Judiciário contra manifestações de racismo.
Segundo informações da Polícia Civil, o episódio ocorreu durante uma sessão na Câmara Municipal de Carapicuíba. O vereador Eduardo Nascimento teria proferido a ofensa ao colega, cuja identidade não foi divulgada pela reportagem. A agressão verbal foi presenciada por outras pessoas presentes no local, o que levou à imediata detenção do parlamentar. A Polícia Civil foi acionada, registrou o boletim de ocorrência por injúria racial e encaminhou o caso à Justiça.
A defesa de Eduardo Nascimento argumentou em favor da liberdade provisória, mas o pedido foi negado pela Justiça. O juiz responsável pela decisão considerou a gravidade do crime e a necessidade de garantir a ordem pública. A manutenção da prisão preventiva visa evitar que o vereador volte a cometer atos semelhantes e intimide outras pessoas. Não foram divulgados detalhes adicionais sobre a defesa apresentada e nem sobre o prazo para que a defesa apresente recursos.
A decisão judicial repercutiu amplamente nas redes sociais e na comunidade de Carapicuíba, gerando debates acalorados sobre o combate ao racismo e a necessidade de punição exemplar para atos de intolerância. O caso reforça a importância da legislação anti-racismo e a necessidade de um compromisso coletivo na luta pela igualdade racial. A Câmara Municipal de Carapicuíba ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
A prisão preventiva de Eduardo Nascimento demonstra a postura da Justiça em relação a crimes de racismo, enfatizando a importância de se punir com rigor aqueles que praticam atos de intolerância e discriminação. O desenrolar do processo judicial será acompanhado com atenção pela sociedade, na expectativa de que a justiça seja feita e sirva como um precedente para futuros casos.