Justiça da Coreia do Sul emite mandado de prisão contra ex-ministro da Defesa, tido como mentor de lei marcial



– A Justiça sul-coreana emitiu, nesta terça-feira (10), um mandado de prisão contra o ex-ministro da Defesa, Jeong Seung-ho, considerado o principal mentor do plano para impor a lei marcial no país em 1979. A decisão ocorre após anos de investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que visava depor o então presidente Choi Kyu-hah. Jeong é acusado de conspiração e outros crimes relacionados à tentativa de instauração da lei marcial.

O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal Distrital Central de Seul. A decisão representa um passo significativo nas investigações sobre este episódio sombrio da história da Coreia do Sul. A promotoria argumentou que Jeong desempenhou um papel central na conspiração, alegando que ele orquestrou reuniões secretas com outros oficiais militares de alta patente para discutir e planejar a implementação da lei marcial. O objetivo, segundo a acusação, era justificar um golpe de Estado e silenciar a oposição ao regime militar.

As investigações, que se arrastam há anos, se baseiam em evidências coletadas ao longo do tempo, incluindo documentos, depoimentos de testemunhas e análise de comunicações interceptadas. A promotoria acredita possuir provas contundentes para sustentar as acusações contra Jeong. A defesa, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão do tribunal.

Apesar da gravidade das acusações e da emissão do mandado de prisão, a possibilidade de Jeong ser extraditado para a Coreia do Sul ainda é incerta. Ele atualmente reside no exterior, sendo que o local não foi especificado na reportagem do G1. A cooperação internacional será crucial para o sucesso do processo de extradição, caso a defesa não consiga contestar a ordem judicial.

A emissão do mandado de prisão marca um ponto de inflexão no esforço contínuo para responsabilizar aqueles que estiveram envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 1979. A decisão demonstra o compromisso das autoridades sul-coreanas em investigar e punir crimes contra a democracia, mesmo que ocorridos há décadas. O caso promete manter o debate público sobre a necessidade de justiça e o esclarecimento completo dos eventos de 1979.

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