Justiça concede liberdade provisória a jogadoras do River Plate presas por injúria racial durante jogo em SP



São Paulo, 27 de dezembro de 2024 – A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória a três jogadoras do River Plate, presas na última quarta-feira (25) após serem acusadas de injúria racial contra atletas do São Paulo. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (27), onde a defesa das atletas apresentou argumentos e comprovantes. As jogadoras, que não tiveram seus nomes divulgados pela reportagem original, já deixaram a prisão.

A prisão em flagrante ocorreu durante partida válida pela fase de grupos da Copa Libertadores Feminina, disputada no Estádio do Morumbi. Segundo a denúncia, as jogadoras do River Plate teriam proferido ofensas racistas contra jogadoras do time paulista. A Polícia Militar foi acionada, e após apuração, as atletas argentinas foram detidas. A gravidade das acusações levou à prisão em flagrante, medida que gerou repercussão nacional e internacional.

A libertação provisória, no entanto, não significa o fim do processo. As jogadoras foram proibidas de deixar o país e deverão comparecer a todos os atos processuais. A investigação sobre o caso continua, e as atletas responderão pelo crime de injúria racial, previsto no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal. A pena para este crime pode chegar a três anos de prisão, além de multa.

A decisão judicial considerou os argumentos apresentados pela defesa, que não foram detalhados na reportagem original do G1. A promotoria, no entanto, pode recorrer da decisão. O caso segue sob investigação, e o próximo passo será a realização de novas diligências e a coleta de mais provas, incluindo depoimentos de testemunhas e análise de imagens do jogo.

A libertação provisória das jogadoras do River Plate encerra, por enquanto, a fase de prisão preventiva, mas mantém a atenção sobre a seriedade das acusações de injúria racial. A repercussão do caso destaca a necessidade de combate à discriminação racial no esporte e a importância da responsabilização dos envolvidos em atos de preconceito. O desfecho do processo judicial ainda é incerto, e o caso deve gerar debates sobre justiça, racismo e o impacto de ações discriminatórias em eventos esportivos de grande porte.

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