Justiça concede habeas corpus a sócios e funcionários do PCS Saleme



Justiça concede habeas corpus a sócios e funcionários do PCS Saleme

– A Justiça de São Paulo concedeu habeas corpus a 11 sócios e funcionários da PCS Saleme, empresa de segurança eletrônica investigada pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de integrar um esquema de fraude na concessão de empréstimos consignados. A decisão, proferida na última quinta-feira (24), determina a soltura imediata dos acusados, que estavam presos preventivamente desde a deflagração da Operação Manus, em 1º de agosto.

A operação, que contou com a participação de 150 policiais federais, resultou na apreensão de documentos, computadores e telefones celulares. As investigações apontam para um esquema que teria lesado, segundo estimativas da PF, mais de 10 mil servidores públicos. A fraude consistia na concessão de empréstimos consignados sem o consentimento dos servidores, com o uso de informações obtidas de forma ilícita e a criação de contratos fraudulentos. A PCS Saleme, foco da investigação, é apontada como peça central na operação criminosa.

A defesa dos sócios e funcionários da empresa argumentou que a prisão preventiva era desnecessária, alegando não haver risco de fuga ou de obstrução à Justiça. Os advogados sustentaram a falta de provas contundentes contra os acusados, questionando a legitimidade das provas obtidas durante a Operação Manus. O pedido de habeas corpus foi acolhido pela Justiça, que considerou a argumentação da defesa e entendeu que a prisão preventiva era medida excessiva, autorizando assim a libertação dos 11 envolvidos.

Apesar da soltura dos 11 sócios e funcionários, as investigações da Polícia Federal continuam. A PF segue apurando a extensão do esquema fraudulento e buscando identificar outros envolvidos na operação. A libertação dos acusados, portanto, não significa o encerramento das investigações, mas representa uma vitória para a defesa e uma mudança significativa no cenário do processo. A expectativa é de que novas etapas da investigação possam trazer mais informações sobre o caso e sobre o impacto financeiro do suposto esquema criminoso. O Ministério Público Federal (MPF) ainda pode recorrer da decisão judicial.

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