Justiça argentina ordena captura de Daniel Ortega, ditador da Nicarágua
Justiça argentina ordena captura de Daniel Ortega, ditador da Nicarágua
Buenos Aires, 30 de dezembro de 2024 – A Justiça argentina emitiu, nesta segunda-feira, um mandado de captura internacional contra Daniel Ortega, presidente da Nicarágua. A decisão atende a um pedido da organização de direitos humanos, Fundación para la Justicia y el Estado de Derecho (Fundeps), que acusa Ortega de crimes contra a humanidade. O pedido se baseia em denúncias de perseguição política, prisão arbitrária e tortura cometidas durante seu governo.
O mandado, assinado pela juíza federal María Romilda Servini, se concentra em crimes cometidos entre 2018 e 2022. A Fundeps apresentou provas consistentes que, segundo a juíza, demonstram um padrão sistemático de violações aos direitos humanos na Nicarágua sob o comando de Ortega. As acusações incluem a repressão violenta a protestos, a prisão de opositores políticos, a supressão da liberdade de expressão e a perseguição a jornalistas e ativistas.
A decisão da justiça argentina é um passo significativo na busca por justiça para as vítimas das violações de direitos humanos na Nicarágua. A ordem de captura internacional permite que Ortega seja preso em qualquer país que extradite indivíduos para a Argentina para serem processados. A Fundeps celebrou a decisão, enfatizando a importância do julgamento de Ortega e seus colaboradores pelos crimes cometidos. A organização ressalta que esta decisão representa uma esperança para as vítimas e um precedente importante para a responsabilização de líderes autoritários em nível internacional.
A sentença da juíza Servini destaca a gravidade das acusações e a necessidade de responsabilizar os culpados por essas violações sistemáticas dos direitos humanos. Ainda não há informações sobre como a Nicarágua irá reagir a esse mandado de captura, mas a decisão da Argentina representa uma forte condenação ao governo de Daniel Ortega e um avanço no esforço internacional para responsabilizar líderes por crimes contra a humanidade. A expectativa agora é acompanhar os desdobramentos internacionais desse mandado e o impacto que ele terá na comunidade internacional e na própria Nicarágua.