Juiz adia audiência sobre prisão preventiva de Evo Morales



Audiência sobre prisão preventiva de Evo Morales adiada em La Paz

La Paz, 24 de agosto de 2023 – A audiência que definiria a prisão preventiva do ex-presidente boliviano Evo Morales foi adiada pela Justiça boliviana. A decisão, tomada nesta quinta-feira (24), gerou novas incertezas sobre o futuro do líder indígena, acusado de terrorismo e outros crimes. O juiz responsável pelo caso, todavia, não divulgou uma nova data para a audiência.

O adiamento ocorreu durante uma audiência preliminar realizada no Tribunal de La Paz. A defesa de Morales alegou a necessidade de mais tempo para apresentar suas provas e contra-argumentos às acusações apresentadas pelo Ministério Público. A promotoria, por sua vez, acusou o ex-presidente de liderar uma conspiração para desestabilizar o governo atual, utilizando protestos e bloqueios de estradas. As acusações incluem os crimes de terrorismo, sedição e financiamento do terrorismo, com base em investigações que, segundo a promotoria, comprovam o envolvimento de Morales em atividades ilegais.

O ex-presidente, que atualmente reside na Argentina, não compareceu à audiência. A defesa de Morales se manifestou reiteradamente contra a possibilidade de prisão preventiva, argumentando que as acusações são politicamente motivadas e que não há provas suficientes para justificar tal medida. A ausência de Morales na audiência não impediu, no entanto, que a defesa apresentasse seus argumentos e pleitos.

A decisão do juiz de adiar a audiência demonstra a complexidade do caso e a intensa disputa política que o permeia. A falta de uma nova data definida para a audiência alimenta a especulação sobre o futuro do processo e gera incertezas sobre o destino legal de Evo Morales. A situação mantém em alta tensão o cenário político boliviano, palco de frequentes confrontos ideológicos desde a saída de Morales do poder, em 2019.

A expectativa agora recai sobre a divulgação de uma nova data para a audiência, momento em que a Justiça boliviana deverá decidir se aceita ou rejeita a solicitação da prisão preventiva de Evo Morales. A decisão terá um impacto significativo no cenário político e social da Bolívia.

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