Jihadistas lançam ofensiva surpresa na Síria, e combates deixam 200 mortos



Damasco, 28 nov. 2024 – Intensos combates entre o Exército sírio e grupos jihadistas no norte do país deixaram mais de 200 mortos nos últimos dias, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A violência, concentrada na província de Idlib, uma região ainda fora do controle do governo sírio, marca uma escalada significativa na guerra civil que assola a nação há mais de uma década.

O OSDH, organização com sede no Reino Unido que monitora o conflito através de uma rede de fontes na Síria, relatou que pelo menos 126 jihadistas e 82 soldados do exército sírio foram mortos nos confrontos. A organização ressalta a dificuldade em obter números precisos devido à intensidade dos combates e às restrições de acesso à região, mas enfatiza a gravidade da situação, indicando um aumento substancial na violência na área. O balanço também inclui um número não especificado de civis feridos.

Os combates se intensificaram nos últimos dias, com os jihadistas lançando uma série de ataques contra posições do exército sírio. As informações sobre o tipo de armamento utilizado e a dinâmica exata dos enfrentamentos ainda são escassas, mas a alta contagem de vítimas indica uma ofensiva significativa por parte dos grupos insurgentes. A província de Idlib permanece como um reduto importante para vários grupos armados, incluindo aqueles ligados à ex-filial da Al-Qaeda, a Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

A situação humanitária na região de Idlib já era precária antes da nova escalada de violência, com milhares de pessoas deslocadas e dependentes de ajuda humanitária. O aumento dos confrontos piora ainda mais a crise, ameaçando deslocar ainda mais civis e criar novas necessidades humanitárias urgentes. Organizações internacionais de ajuda humanitária estão monitorando a situação atentamente, mas o acesso à região continua sendo um desafio.

A escalada de violência em Idlib serve como um triste lembrete da fragilidade da situação na Síria, mesmo após mais de uma década de guerra. A comunidade internacional continua a buscar soluções para o conflito, mas a violência persistente demonstra a complexidade e a dificuldade em alcançar uma paz duradoura. O futuro da população civil na região permanece incerto e dependente da capacidade de se alcançar uma trégua duradoura entre as partes envolvidas no conflito.

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