Itamaraty vê como ‘restabelecimento da justiça’ retirada de Cuba de lista dos EUA de patrocinadores do terrorismo

Brasília, 12 de janeiro de 2023 – O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) recebeu com entusiasmo a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo. A medida, anunciada em 11 de janeiro, representa um passo significativo para a normalização das relações entre os dois países e, segundo o Itamaraty, reforça a importância do diálogo e da cooperação internacional na resolução de conflitos.

A retirada de Cuba da lista, mantida desde 1982, foi celebrada pelo governo brasileiro como um ato de justiça. Em nota oficial, o Itamaraty destacou que a decisão americana corrige uma “injustiça histórica” e contribui para um ambiente mais favorável ao desenvolvimento de laços mais estreitos entre Cuba e a comunidade internacional. O ministério também ressaltou o compromisso do Brasil em fortalecer as relações com Cuba, baseadas no respeito mútuo e na cooperação em diversas áreas.

A inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo, sob a administração de George W. Bush, gerou severas restrições ao comércio e às relações financeiras entre a ilha e os Estados Unidos. Essa medida, segundo analistas, prejudicou significativamente a economia cubana e limitou as possibilidades de desenvolvimento do país. A decisão do atual governo americano de reverter essa situação é vista, portanto, como um importante passo na direção de uma relação bilateral mais equilibrada e produtiva.

Embora o Itamaraty não tenha especificado detalhes sobre quais ações diplomáticas foram tomadas para alcançar esse resultado, a nota oficial demonstra a satisfação do governo brasileiro com a decisão norte-americana. A retirada de Cuba da lista abre caminho para um maior intercâmbio comercial e cultural entre os dois países, bem como para uma maior cooperação em temas de interesse mútuo.

A perspectiva de relações mais próximas entre Cuba e os Estados Unidos, após décadas de tensão, é vista pelo Brasil como um fator positivo para a estabilidade regional e para o fortalecimento da cooperação no hemisfério ocidental. Para o Itamaraty, o restabelecimento da justiça no caso cubano representa um sinal de esperança para a resolução de conflitos através do diálogo e da busca de soluções diplomáticas.