Israel proíbe atividades da agência da ONU para palestinos
Israel proíbe atividades da agência da ONU para refugiados palestinos
– O governo israelense anunciou nesta sexta-feira (18) a proibição de todas as atividades da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA) na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza. A decisão, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, acusa a UNRWA de “incitar ao terrorismo” e de possuir “laços com grupos terroristas”. A medida afeta diretamente a assistência humanitária prestada a milhões de palestinos.
A decisão israelense foi tomada após uma série de incidentes, sem detalhes específicos fornecidos pelo comunicado oficial do Ministério. A alegação de ligação da UNRWA com grupos terroristas não foi detalhada, faltando evidências concretas que sustentem a grave acusação. O governo israelense se recusou a fornecer informações adicionais sobre a natureza das supostas infrações da agência.
A UNRWA, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre a proibição. A agência, criada em 1949, é responsável por prestar assistência a cerca de 5,7 milhões de refugiados palestinos registrados em cinco áreas de operação: Jordânia, Síria, Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. A suspensão das atividades da UNRWA representa um golpe significativo para a população palestina, que depende em grande parte da agência para obter serviços essenciais como educação, saúde e assistência alimentar.
A proibição levanta preocupações sobre a situação humanitária na região, já fragilizada por décadas de conflito. Organizações de direitos humanos e entidades internacionais já se manifestaram, em outras ocasiões, com preocupação sobre o acesso de palestinos a serviços básicos em áreas sob controle israelense. Esta decisão poderá agravar ainda mais a crise humanitária, afetando de forma desproporcional os mais vulneráveis.
A comunidade internacional monitora atentamente a situação e espera uma resposta contundente da ONU, assim como de outros países, para que medidas sejam tomadas para pressionar Israel a reverter a decisão e garantir a continuação dos serviços essenciais para os refugiados palestinos. O impacto a longo prazo dessa proibição permanece incerto, mas a possibilidade de uma crise humanitária é real e preocupante.