Israel e Hamas assinam cessar-fogo na guerra em Gaza, anuncia Catar
Jerusalém, 15 de janeiro de 2025 – Após mais de um mês de intensos combates, Israel e o Hamas assinaram um acordo de cessar-fogo na madrugada desta terça-feira, pondo fim à guerra em Gaza. O acordo, mediado pelo Egito, entra em vigor às 06h (horário local) e marca um ponto final no conflito que deixou um rastro devastador de mortes e destruição.
A violência começou em 7 de outubro de 2024, com um ataque surpresa do Hamas contra Israel. O grupo lançou milhares de foguetes e realizou ataques terrestres, levando a um contra-ataque israelense maciço em Gaza. As operações militares resultaram em milhares de vítimas de ambos os lados. Dados oficiais israelenses apontam a morte de mais de 1.300 pessoas em território israelense. No entanto, o número de mortos palestinos é significativamente maior, com estimativas de mais de 2.300 vítimas fatais na Faixa de Gaza, segundo informações preliminares. Embora não tenha sido revelado um número exato de feridos, os relatos de hospitais superlotados e escassez de suprimentos médicos em Gaza indicam uma alta proporção da população afetada.
O acordo de cessar-fogo, negociado arduamente por representantes egípcios, estabelece um conjunto de termos ainda não divulgados publicamente. Fontes próximas às negociações sugerem que a abertura de corredores humanitários para o acesso de ajuda médica e alimentos à população de Gaza foi uma das principais demandas do Hamas, que também busca garantias para os seus cidadãos. O cessar-fogo, contudo, não aborda questões de longo prazo relacionadas à situação política e humanitária em Gaza.
Apesar do cessar-fogo, a situação em Gaza permanece crítica. A infraestrutura do território está severamente danificada, deixando milhões de pessoas sem acesso a água potável, eletricidade e cuidados médicos adequados. A reconstrução da região, que requer um esforço internacional massivo, representa um desafio considerável para as próximas etapas. A comunidade internacional enfrenta a tarefa urgente de fornecer assistência humanitária e iniciar os esforços de reconstrução, enquanto se busca construir a paz de forma duradoura.
A assinatura do acordo de cessar-fogo representa um alívio temporário para a população de ambos os lados, porém a fragilidade da paz permanece uma preocupação latente. A resolução definitiva do conflito entre Israel e Hamas dependerá de negociações complexas e de longo prazo, tratando das raízes profundas do conflito. O futuro próximo permanece incerto, mas o cessar-fogo marca, pelo menos, o fim de um capítulo sangrento e destrutivo.