Isenção de R$ 5 mil no IR e taxação de ricos devem dominar pauta do 1º semestre de 2025, diz secretário
Brasília, 2 de dezembro de 2024 – A discussão sobre mudanças na tributação brasileira promete agitar o primeiro semestre de 2025. Segundo o secretário da Fazenda, Gabriel Galípolo, os debates sobre a possibilidade de aumentar a isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil e sobre a taxação de pessoas com altos rendimentos devem dominar a agenda econômica do período. A declaração foi feita em entrevista nesta segunda-feira.
Galípolo destacou que o governo pretende aprofundar a análise de diferentes propostas, buscando um equilíbrio entre a necessidade de arrecadação e a justiça tributária. A ampliação da faixa de isenção do IR, atualmente em R$ 2.112, impactaria diretamente a arrecadação, necessitando de contrapartidas para compensar a perda de receita. Aumentar o imposto sobre grandes fortunas, por outro lado, é uma alternativa que vem sendo defendida por setores da sociedade e do próprio governo para ampliar a base tributária e gerar mais recursos para políticas públicas.
O secretário reforçou a complexidade do tema e a necessidade de um amplo debate, envolvendo especialistas, a sociedade civil e o Congresso Nacional. A expectativa é que a discussão ocorra de forma intensa, levando em consideração as diferentes perspectivas e os impactos socioeconômicos de cada medida. Não foram apresentadas propostas concretas de alterações na legislação tributária, mas a declaração de Galípolo sinaliza uma intenção clara do governo em avançar nesses debates no início do próximo ano.
A previsão do governo de priorizar essas questões no primeiro semestre de 2025 indica a importância que a equipe econômica atribui à reforma tributária e à busca por uma maior justiça social no sistema tributário brasileiro. A articulação política para a aprovação de eventuais mudanças legislativas será crucial para o sucesso dessas iniciativas. O resultado dos debates poderá moldar significativamente a política tributária do país nos próximos anos, afetando diretamente a renda disponível de milhões de brasileiros e a capacidade do Estado em financiar suas políticas públicas.