‘Isenção de IR até R$ 5 mil é medida eleitoreira de Lula’, afirma economista Samuel Pessôa
– O economista Samuel Pessoa classificou como “medida eleitoreira” a proposta do governo Lula de isentar do Imposto de Renda (IR) os ganhos de até R$ 5 mil mensais. Em entrevista ao G1, Pessoa argumentou que a medida, apesar de beneficiar parte da população, trará consequências negativas para as contas públicas e para a economia do país.
A declaração de Pessoa surge em um momento de acirrados debates sobre a política econômica brasileira. A proposta de isenção, caso aprovada, afetaria diretamente milhões de contribuintes brasileiros, impactando a arrecadação do governo federal. O economista não detalhou quais seriam as consequências exatas, mas alertou para o potencial aumento do déficit público. Ele destacou que uma medida dessa magnitude necessitaria de uma contrapartida em outras áreas para evitar um desequilíbrio fiscal preocupante.
Para Pessoa, a isenção de IR até R$ 5 mil não apresenta um impacto significativo sobre a desigualdade social, uma vez que os beneficiários se concentram principalmente nas classes médias. Ele argumentou que políticas mais eficazes para combater a desigualdade deveriam se concentrar em investimentos em educação, saúde e infraestrutura, gerando oportunidades de crescimento econômico para a população de baixa renda. A afirmação contrapõe-se à justificativa do governo, que defende a medida como um mecanismo de justiça social e estímulo à economia.
A entrevista com Samuel Pessoa gerou polêmica nas redes sociais e entre especialistas. Enquanto alguns concordam com a análise do economista, outros defendem a isenção como um alívio necessário para as famílias brasileiras, principalmente em um cenário de alta inflação e desemprego. A discussão sobre os impactos reais da medida na economia e na sociedade brasileira promete ser intensa nos próximos meses.
A proposta ainda precisa passar pelo Congresso Nacional para ser aprovada, o que deverá suscitar debates acalorados entre parlamentares e especialistas econômicos. O futuro da medida e seu impacto concreto na vida dos brasileiros ainda são incertos.