Investigação aponta fraude após clínica de estética ser contratada para gerir UTIs na pandemia da Covid-19 em MT
Fraude em gestão de UTIs durante a pandemia de Covid-19 em Mato Grosso: Clínica de estética no centro das investigações
Cuiabá, MT – 12 de dezembro de 2024 – Uma investigação aponta para uma fraude milionária envolvendo a gestão de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) durante o auge da pandemia de Covid-19 em Mato Grosso. No centro do escândalo está uma clínica de estética, contratada para administrar leitos de UTI em hospitais do estado, que teria superfaturado os serviços prestados, causando um rombo nos cofres públicos.
A denúncia, que ainda está sob investigação, indica que a clínica, não identificada nominalmente na reportagem, teria recebido valores exorbitantes pela administração das UTIs, muito acima do que seria considerado aceitável para os serviços prestados. A investigação, que já dura meses, busca apurar a totalidade do prejuízo causado aos cofres públicos estaduais. Os detalhes sobre o valor total do contrato e o percentual de superfaturamento ainda não foram divulgados oficialmente, mas a investigação já apontou indícios de irregularidades significativas no processo de contratação e na prestação de serviços.
A falta de transparência e a ausência de critérios claros na escolha da clínica de estética para gerir as UTIs durante um período tão crítico da pandemia também são apontadas como fatores que contribuíram para o possível esquema fraudulento. A reportagem do G1 Mato Grosso destaca a fragilidade do processo licitatório, que teria facilitado a contratação de uma empresa sem experiência comprovada na gestão de unidades de saúde de alta complexidade. A investigação busca identificar todos os envolvidos no esquema, desde os responsáveis pela contratação até os que se beneficiaram diretamente do superfaturamento.
A investigação está sendo conduzida com rigor pelas autoridades competentes, que buscam apurar todas as responsabilidades e aplicar as sanções cabíveis. A população mato-grossense acompanha com apreensão o desenrolar das investigações, na expectativa de que a justiça seja feita e os responsáveis sejam responsabilizados pelos danos causados à saúde pública durante a pandemia. O caso levanta sérias questões sobre a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos, principalmente em situações de emergência como a enfrentada durante a crise sanitária. A conclusão das investigações e a punição dos envolvidos são fundamentais para a recuperação da confiança pública e para garantir que situações semelhantes não se repitam no futuro.