Inmet: 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil



Brasília, 3 de janeiro de 2025 – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou nesta quarta-feira o que muitos especialistas já previam: 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil desde o início dos registros oficiais, em 1910. A temperatura média anual superou em 0,9°C a média histórica do período de 1991 a 2020. A constatação reforça a gravidade da crise climática e suas consequências diretas sobre o território brasileiro.

O Inmet destaca que a elevação da temperatura média não foi um fenômeno uniformemente distribuído pelo país. Algumas regiões apresentaram temperaturas ainda mais extremas. O aumento da temperatura máxima diária foi particularmente significativo, com registros acima da média em quase todo o território nacional, exceto no extremo sul do país. Embora o Inmet não especifique a magnitude desses aumentos regionais na matéria original, a declaração de que o aumento foi “significativo” e quase nacional, aponta para uma situação crítica e generalizada.

A anomalia de calor registrada em 2024 teve impactos diretos em diversos setores, principalmente na agricultura, com prejuízos para as lavouras e aumento do risco de incêndios florestais. A estiagem prolongada e as temperaturas elevadas exacerbaram problemas como a seca em várias regiões, impactando o abastecimento de água e afetando a biodiversidade. A falta de chuvas comprometeu também a produção de energia hidrelétrica, aumentando a dependência de outras fontes de energia.

O relatório do Inmet não detalha os custos econômicos e sociais exatos relacionados aos eventos climáticos extremos de 2024, mas a magnitude do aumento da temperatura média anual e os impactos relatados indicam que o ano foi marcado por perdas significativas. A instituição reforça a necessidade de políticas públicas eficazes e ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas para minimizar os impactos das futuras ondas de calor e eventos meteorológicos extremos.

A confirmação do Inmet sobre 2024 como o ano mais quente da história do Brasil serve como um alerta urgente sobre a gravidade da crise climática e a urgência em se implementar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a resiliência climática. A continuidade das tendências observadas indica a necessidade de investimentos em monitoramento, previsão e adaptação a um cenário de aumento de eventos climáticos extremos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *