Influenciador com quase 3 milhões de seguidores é preso durante operação contra jogos de azar e crimes financeiros
Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2024 – Um influenciador digital com quase 3 milhões de seguidores nas redes sociais foi preso na manhã desta quarta-feira (11) durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) contra jogos de azar e crimes financeiros. A ação, batizada de “Operação Midas”, cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e na região metropolitana, resultando em sete prisões. Além do influenciador, foram presos outros seis indivíduos envolvidos no esquema criminoso.
A PCMG detalhou que a investigação durou cerca de um ano e identificou uma organização criminosa que movimentava grandes quantias de dinheiro por meio de um esquema de apostas online ilegais. O influenciador, que não teve o nome divulgado pela polícia para preservar a imagem, atuava como um dos principais responsáveis pela captação de clientes para a plataforma de jogos, utilizando sua grande base de seguidores para promover o site e atrair novos apostadores. As investigações apontaram que o influenciador recebia uma porcentagem dos lucros obtidos pela organização criminosa.
Durante as buscas, a polícia apreendeu diversos materiais como computadores, celulares, veículos de luxo e documentos que comprovam o envolvimento dos suspeitos nos crimes. O valor total dos bens apreendidos ainda está sendo contabilizado, mas a PCMG afirma que se trata de uma quantia significativa. A operação também revelou que a organização criminosa utilizava diversas estratégias para ocultar os recursos financeiros obtidos com as atividades ilegais, incluindo o uso de laranjas e empresas de fachada.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o influenciador e os demais presos serão indiciados por associação criminosa, lavagem de dinheiro e jogos de azar. Eles foram encaminhados para o sistema prisional e estão à disposição da Justiça. A investigação continua para identificar e responsabilizar todos os envolvidos na organização criminosa, e apurar a extensão dos crimes cometidos. A PCMG ressaltou a importância do trabalho de investigação para combater crimes financeiros e o uso das redes sociais para a prática de atividades ilegais.
A operação demonstra o alcance da atuação de grupos criminosos e como as novas tecnologias são utilizadas para facilitar e expandir esquemas de fraudes e lavagem de dinheiro. A prisão do influenciador serve como um alerta sobre a responsabilidade das personalidades da internet em relação ao conteúdo que promovem e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa nesse setor. A PCMG se mantém atenta para combater crimes desta natureza.