Inelegível, Bolsonaro descarta lançar um de seus filhos à Presidência
Brasília, 28 de agosto de 2023 – O ex-presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de lançar um de seus filhos na disputa pela Presidência da República em 2026, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, publicadas na CartaCapital nesta segunda-feira. A decisão, tomada em meio à sua inelegibilidade por oito anos, revela uma mudança de estratégia do político, que anteriormente demonstrava apoio público aos projetos políticos de seus herdeiros.
A inelegibilidade de Bolsonaro, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é um fator determinante nessa nova postura. A decisão, proferida em junho deste ano, o torna inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Essa restrição legal impactou diretamente nos planos do ex-presidente e, aparentemente, o levou a repensar a possibilidade de uma sucessão familiar no cenário político nacional.
Embora a publicação não mencione especificamente qual filho teria sido considerado para a candidatura, a estratégia de lançar um membro da família Bolsonaro sempre foi considerada uma possibilidade plausível pelos círculos políticos próximos ao ex-presidente. Filhos como Eduardo, senador pelo Rio de Janeiro, e Flávio, senador pelo Rio de Janeiro, haviam demonstrado interesse em cargos políticos de grande envergadura, e já vinham construindo suas trajetórias políticas com apoio do pai. A decisão de Bolsonaro de afastar essa opção, por enquanto, representa uma reviravolta significativa na dinâmica política bolsonarista.
Apesar do descarte da candidatura de um filho em 2026, a reportagem não descarta totalmente a continuidade da influência política do ex-presidente e de sua família. A força política construída nos últimos anos, apesar do revés eleitoral e da inelegibilidade de Bolsonaro, permanece um elemento relevante na conjuntura política brasileira. Resta saber qual será a próxima estratégia adotada pelo clã Bolsonaro para manter sua relevância no cenário político nacional. O futuro da política brasileira, portanto, ainda se mostra incerto e dependente das próximas jogadas dos protagonistas envolvidos.