Incerteza nos EUA, real fraco e inflação persistente: entenda os recados do Copom



Copom mantém juros em 13,75% e sinaliza cautela diante de incertezas globais

– O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (7) manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva. A decisão, divulgada em comunicado, reflete a cautela do BC diante de um cenário externo instável e da persistência da inflação no Brasil.

A ata da reunião do Copom destacou a “elevada incerteza” nos Estados Unidos, com a possibilidade de recessão e os efeitos da alta dos juros americanos sobre a economia global. O documento também mencionou a fraqueza do real frente ao dólar, um dos fatores que contribuem para a inflação.

O Copom reconheceu que a inflação desacelerou nos últimos meses, mas destacou que a persistência de pressões inflacionárias internas e externas, como a elevação dos preços de alimentos e combustíveis, exige uma postura de vigilância.

“O Comitê avalia que a convergência da inflação para a meta de 3,0% no horizonte relevante ainda enfrenta incertezas”, afirmou o Copom. “O Comitê continuará monitorando os dados de inflação e as expectativas de forma vigilante.”

O comunicado do Copom ressalta a necessidade de uma “política monetária restritiva” para garantir a convergência da inflação para a meta. O BC, portanto, sinaliza que a taxa de juros deve permanecer elevada por um período mais longo, buscando conter o avanço dos preços.

A decisão do Copom impactará diretamente o mercado financeiro, influenciando os custos de crédito e os investimentos. Os investidores acompanharão de perto as próximas decisões do BC para avaliar o momento mais adequado para reduzir a Selic e estimular a economia.

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