IBGE: Expectativa de vida do brasileiro pode estender 22 anos após os 60; entenda
Brasília, 29 de novembro de 2024 – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira dados que projetam um aumento significativo na expectativa de vida dos brasileiros após os 60 anos. De acordo com o estudo, a população poderá viver, em média, mais 22 anos após atingir essa idade. Essa perspectiva otimista, no entanto, aponta para desigualdades regionais e de gênero que precisam ser consideradas.
A pesquisa do IBGE analisou as projeções para a população brasileira até 2100, revelando um cenário de envelhecimento populacional acelerado. A expectativa de vida ao nascer para os brasileiros, segundo as projeções, chegará a 83,4 anos em 2060. Ainda que a expectativa de vida ao nascer seja um indicador importante, o foco do estudo se concentra na expectativa de vida após os 60 anos, um período crucial para políticas públicas de saúde e previdência.
Para as mulheres, a projeção é ainda mais animadora, com uma expectativa de vida de 23,9 anos após os 60 anos em 2060. Já para os homens, esse número fica em 19,6 anos. Essa diferença reflete a histórica desigualdade de gênero em saúde e acesso a recursos no país, segundo os analistas do IBGE. A disparidade entre homens e mulheres persiste ao longo do tempo, mesmo com o aumento geral da expectativa de vida.
A pesquisa também destaca importantes variações regionais na expectativa de vida. A região Sul, tradicionalmente com melhores indicadores de saúde e desenvolvimento social, apresenta projeções mais elevadas para a expectativa de vida após os 60 anos, em comparação com as regiões Norte e Nordeste. Estas últimas, por sua vez, enfrentam desafios maiores relacionados à infraestrutura de saúde, acesso a serviços e indicadores socioeconômicos. O IBGE ressalta a necessidade de políticas públicas direcionadas para reduzir essas desigualdades e garantir uma melhor qualidade de vida para a população em todas as regiões do país.
O estudo do IBGE fornece informações cruciais para o planejamento de políticas públicas de saúde, previdência e assistência social, permitindo que o governo se prepare para o aumento da população idosa nas próximas décadas. A compreensão das variações regionais e de gênero é fundamental para a elaboração de estratégias eficazes e equitativas que garantam o bem-estar da população brasileira em todas as etapas da vida. O aumento da expectativa de vida, embora positivo, exige um planejamento cuidadoso para garantir que esse ganho seja distribuído de forma justa e que a população idosa tenha acesso aos recursos necessários para uma vida digna e saudável.