Honduras adverte que expulsará bases militares dos EUA se Trump ordenar deportações
Tegucigalpa, Honduras – 21 de fevereiro de 2023 – O governo de Honduras lançou um severo aviso aos Estados Unidos, afirmando que expulsará as bases militares americanas em seu território caso o ex-presidente Donald Trump ordene a deportação em massa de hondurenhos caso venha a ser eleito novamente em 2024. A ameaça foi proferida pelo presidente hondurenho Xiomara Castro, que demonstrou firmeza em sua posição, enfatizando a soberania nacional e a proteção de seus cidadãos.
A declaração de Castro surge em um contexto de crescente tensão entre Honduras e os Estados Unidos, especialmente em relação à imigração. A presidente hondurenha deixou claro que não tolerará medidas que prejudiquem a população hondurenha, lembrando a longa história de intervenção norte-americana no país e o impacto negativo que isso teve em sua economia e sociedade. A ameaça de expulsão das bases militares, embora contundente, reflete a gravidade com que o governo hondurenho encara a possibilidade de novas deportações em massa, similar ao que ocorreu durante a administração Trump.
A presidente Castro não especificou quais bases militares seriam afetadas, mas a presença militar americana em Honduras é um tema sensível, carregado de um histórico complexo de relações entre os dois países. A possibilidade de uma ruptura nas relações diplomáticas e de segurança entre os dois países representa um cenário de grande instabilidade na região centro-americana.
A reação do governo dos EUA ainda não foi divulgada oficialmente, mas a ameaça hondurenha certamente gerará debates intensos em Washington. A possibilidade de perder bases estratégicas na região, com implicações para as operações militares e de inteligência dos EUA, aumenta a pressão sobre o partido republicano e sobre o próprio Trump. Analistas políticos já apontam para a complexidade da situação, com potenciais ramificações econômicas e geopolíticas significativas.
Em resumo, a decisão de Honduras de ameaçar expulsar as bases militares americanas em resposta a uma possível onda de deportações ordenada por Donald Trump representa um ponto de tensão crítico nas relações entre os dois países. A postura firme da presidente Xiomara Castro sinaliza uma nova era nas relações bilaterais, onde a soberania hondurenha e os direitos de seus cidadãos são colocados em primeiro lugar. As consequências dessa ameaça ainda estão por se definir, mas a situação certamente exigirá negociações delicadas nos próximos meses.