Homem que levou tiro à queima-roupa enquanto gravava ação da PM em SP tem alta; 4 agentes seguem afastados
São Paulo, 6 de janeiro de 2025 – Um cinegrafista que foi atingido por um tiro a queima-roupa enquanto filmava uma ação policial em São Paulo recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira. O incidente, ocorrido no dia 30 de dezembro de 2024, no bairro do Pari, gerou indignação e levantou questionamentos sobre o uso da força letal pelas autoridades. Quatro policiais militares envolvidos no caso permanecem afastados de suas funções enquanto as investigações seguem em andamento.
O profissional de imprensa, que não teve o nome divulgado, foi atingido no braço durante a cobertura de uma operação policial na região. De acordo com testemunhas, ele estava devidamente identificado como jornalista, mas mesmo assim, foi alvejado por um disparo de arma de fogo. Imagens gravadas pelo próprio cinegrafista mostram o momento exato em que ele é atingido, reforçando a gravidade do ocorrido e a necessidade de apuração rigorosa dos fatos.
Após o incidente, o cinegrafista foi imediatamente socorrido e encaminhado para um hospital, onde passou por cirurgia. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) abriu um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias do caso. Paralelamente, a Corregedoria da Polícia Militar também investiga a conduta dos agentes envolvidos.
A SSP-SP confirmou o afastamento de quatro policiais militares, enquanto as investigações prosseguem. A pasta não forneceu detalhes sobre a identificação dos policiais nem sobre as etapas investigativas em andamento. A decisão de afastar os agentes demonstra a preocupação das autoridades com a transparência do processo e a busca por esclarecimentos sobre o ocorrido. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil.
A alta do cinegrafista representa um avanço, mas a situação ainda requer atenção. A investigação precisa determinar se houve excesso de força por parte dos policiais e se as medidas de segurança necessárias foram tomadas durante a operação. A falta de mais informações sobre a evolução do IPM e da investigação civil por parte da SSP-SP gera incertezas e reforça a demanda por transparência e celeridade no processo. A cobertura jornalística de eventos policiais exige respeito e segurança para os profissionais de imprensa, e a responsabilização dos envolvidos é fundamental para evitar novos incidentes similares.