Heleno teve papel de liderança no plano golpista, conclui a PF
Polícia Federal conclui que Heleno teve papel de liderança no plano golpista
– A Polícia Federal (PF) concluiu seu inquérito sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e apontou o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, como um dos líderes do plano para a tomada de prédios públicos em Brasília. O documento, finalizado nesta quarta-feira, indica que Heleno desempenhou um papel de comando na articulação e execução dos atos antidemocráticos. Embora não detalhe o conteúdo específico das provas, a PF afirma que possui elementos suficientes para sustentar a acusação.
A investigação, que durou meses, analisou um vasto conjunto de provas, incluindo mensagens, depoimentos e registros de imagens, para reconstruir a cadeia de eventos que culminaram nos ataques às sedes dos Três Poderes. O relatório final, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), detalha a participação de Heleno na organização e na omissão que contribuiu para a invasão e depredação dos edifícios públicos. A PF destaca a gravidade das ações de Heleno, apontando-o como um articulador-chave na trama golpista, que resultou em danos materiais significativos e um profundo abalo à democracia brasileira.
A investigação da PF revelou indícios de que o general Heleno não apenas tinha conhecimento prévio do planejamento dos atos golpistas, mas também desempenhou um papel ativo na sua coordenação. O inquérito não quantifica a participação de Heleno em percentuais, focando-se na sua posição de liderança na articulação e no planejamento da ação. A PF destaca, porém, que a contribuição de Heleno foi fundamental para a mobilização e a execução dos atos que causaram graves consequências para o país.
Ainda não há informações sobre quando o Ministério Público Federal (MPF) irá se manifestar sobre o relatório da PF e quais as medidas que serão tomadas a partir da conclusão do inquérito. A expectativa é que o caso seja encaminhado ao STF para as devidas providências. A conclusão da PF, no entanto, reforça a gravidade dos acontecimentos de 8 de janeiro e a necessidade de responsabilização de todos os envolvidos nos atos antidemocráticos. O inquérito conclusivo representa mais um passo crucial na apuração dos responsáveis pelos ataques e na busca por justiça.