Haddad rebate críticas de Zema à lei que repactuou dívida dos estados: ‘Aumentou o próprio salário’
Brasília, 16 jan. 2025 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu nesta quarta-feira as críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ao projeto de renegociação da dívida dos estados com a União. Zema havia afirmado que o projeto, enviado ao Congresso Nacional pelo governo federal, beneficia apenas os estados mais ricos e prejudica os mais pobres.
Haddad argumentou que o projeto é justo e equilibrado, e que leva em consideração as diferentes realidades dos estados. Ele destacou que o projeto prevê um corte de 50% na dívida de alguns estados, e que o restante será pago em até 30 anos, com juros menores. O ministro afirmou que a proposta considera a capacidade de pagamento de cada estado, e que não há privilégios para nenhum estado em específico. Haddad também mencionou a possibilidade de uma nova rodada de negociações para aperfeiçoar ainda mais o projeto.
O ministro refutou a ideia de que o projeto beneficia os estados mais ricos, argumentando que o critério principal para a renegociação é a capacidade de pagamento. Ele enfatizou que o governo federal está comprometido em encontrar uma solução justa e sustentável para a dívida dos estados, permitindo que eles invistam em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Haddad ainda destacou que o projeto contribuirá para a estabilidade fiscal do país.
Zema, por sua vez, teme que o projeto deixe os estados mais pobres em uma situação ainda pior, com um endividamento insustentável a longo prazo. Ele defendeu a necessidade de uma solução mais abrangente e equitativa, que contemple as particularidades de cada estado e evite a perpetuação das desigualdades regionais. A divergência de opiniões entre o ministro da Fazenda e o governador de Minas Gerais promete acirrar os debates no Congresso Nacional, onde o projeto ainda precisa ser aprovado.
A polêmica em torno do projeto de renegociação da dívida dos estados demonstra a complexidade da questão e a necessidade de um amplo diálogo entre os governos federal e estaduais para se chegar a um consenso que beneficie todos os estados brasileiros, independente de seu tamanho ou capacidade financeira. A aprovação do projeto no Congresso Nacional será crucial para definir o futuro das finanças estaduais e, consequentemente, a capacidade dos estados de cumprirem suas obrigações com a população.