Haddad fala em ‘surpresa’ com Selic, mas diz que alta já era precificada



São Paulo, 20 de julho de 2023 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou surpresa com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, levando-a a 13,75% ao ano. A declaração foi feita nesta quarta-feira, após a divulgação do resultado da reunião do Copom. Apesar da surpresa, Haddad ressaltou que o mercado já havia precificado, em parte, um aumento na taxa básica de juros.

Segundo o ministro, a alta da Selic, embora inesperada em sua magnitude, não deve afetar significativamente os planos econômicos do governo. Ele argumentou que o governo já trabalha com a previsão de uma taxa de juros mais elevada e que as medidas de ajuste fiscal, como a aprovação do novo arcabouço, demonstram o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. Haddad enfatizou a importância da manutenção da estabilidade econômica e a busca pelo equilíbrio entre o controle da inflação e o crescimento econômico. Ele destacou que o governo continua focado na implementação de suas políticas para estimular a economia, gerar empregos e reduzir a desigualdade social.

Haddad reconheceu os desafios impostos pela alta dos juros, principalmente em relação aos impactos sobre o investimento privado e o endividamento público. No entanto, manteve um tom otimista, reafirmando a confiança do governo na capacidade de superar as dificuldades e alcançar as metas estabelecidas para a economia brasileira. O ministro reiterou a importância da cooperação entre os poderes para a construção de um ambiente econômico estável e favorável ao crescimento sustentável.

A declaração de Haddad evidencia a complexidade do cenário econômico brasileiro e a necessidade de uma contínua articulação entre o governo e o Banco Central para a definição das políticas monetárias e fiscais. A surpresa com a magnitude da alta da Selic, apesar da previsão de aumento, demonstra a incerteza que ainda permeia o mercado e os desafios que o governo enfrenta na busca por um equilíbrio entre a estabilidade econômica e o crescimento. A próxima reunião do Copom está prevista para agosto, e o mercado aguarda ansiosamente novas decisões que poderão impactar diretamente a economia brasileira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *