Guerras e tensões regionais impulsionam a venda mundial de armas, diz estudo



– O comércio internacional de armas atingiu níveis recordes em 2022, impulsionado por conflitos e tensões geopolíticas em várias regiões do mundo, segundo um novo estudo do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI). O relatório, divulgado nesta terça-feira, revela um aumento de 5,1% nas transferências internacionais de armas em comparação com 2021, marcando o maior crescimento em cinco anos.

O aumento nas vendas foi impulsionado principalmente pela guerra na Ucrânia, que desencadeou uma corrida armamentista na Europa e além. Os cinco maiores exportadores de armas do mundo – Estados Unidos, Rússia, França, Alemanha e China – foram responsáveis por 77% do total de transferências internacionais de armas em 2022. Os Estados Unidos mantiveram sua posição como o maior exportador, representando 40% do total mundial, seguidos pela Rússia com 16% e a França com 11%.

A Europa também se destaca no relatório, com um aumento de 13% nas importações de armas em 2022, em grande parte devido às preocupações com a agressão russa e o aumento dos gastos militares. Os países europeus aumentaram suas compras de armas de países como os Estados Unidos e a França. A Ásia e o Oceano Pacífico, também uma região com diversos pontos de tensão, registraram um aumento de 4,1% em suas importações de armas. A Ucrânia, país invadido pela Rússia em 2022, foi um dos principais importadores de armas, com um aumento significativo nos seus recebimentos de material bélico. No entanto, o SIPRI não quantificou esses números.

O estudo também destaca o crescimento contínuo das exportações de armas pela China, que registrou um aumento de 7,8% em relação a 2021, consolidando sua posição como o quinto maior exportador mundial. Este crescimento demonstra a crescente influência chinesa no mercado de armas internacionais, preocupando alguns analistas. A situação é observada com grande atenção por especialistas em segurança internacional, que alertam para o ciclo vicioso entre conflitos armados e o aumento do comércio de armas.

Em conclusão, o relatório do SIPRI demonstra uma preocupante tendência de escalada global no comércio de armas, impulsionada por conflitos e instabilidade geopolítica. O aumento nas vendas, especialmente na Europa e na Ásia, indica uma corrida armamentista que pode ter consequências de longo alcance para a segurança mundial. A necessidade de diplomacia e esforços para resolução pacífica de conflitos se torna ainda mais crucial diante desses dados alarmantes.

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