Grupo criminoso movimentou R$ 22 milhões em desvio de petróleo e lavagem de dinheiro no RN, diz polícia



Operação investiga desvio de petróleo que movimentou mais de R$ 22 milhões no RN

Natal, 28 de novembro de 2024 – Uma operação policial deflagrada nesta quarta-feira (28) investiga um esquema de desvio de petróleo que movimentou mais de R$ 22 milhões no Rio Grande do Norte. Batizada de “Operação Perfuração”, a ação é coordenada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e conta com a participação da Polícia Civil e da Receita Federal. As investigações apontam para um grupo criminoso que teria desviado grandes quantidades de petróleo da produção de um campo no estado, utilizando-se de documentos falsos e empresas “laranjas” para ocultar os crimes.

Segundo o MPRN, as investigações começaram há cerca de um ano e meio, após denúncias anônimas. A apuração revelou a existência de uma complexa organização criminosa que atuava em diferentes etapas do esquema, desde a extração do petróleo até a venda do produto desviado. Foram identificadas movimentações financeiras suspeitas superiores a R$ 22 milhões, que eram lavadas por meio de operações fraudulentas e empresas de fachada.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em sete cidades do estado: Natal, Mossoró, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Ceará-Mirim e Extremoz. Foram apreendidos documentos, computadores, celulares e outros materiais que serão analisados para complementar as investigações. Ao todo, 15 pessoas são investigadas, sendo que sete foram presas em flagrante. Entre os alvos da operação estão empresários, funcionários de empresas ligadas à indústria petrolífera e intermediários financeiros. O MPRN afirmou que o percentual de petróleo desviado ainda está sendo apurado, mas que a investigação indica prejuízos significativos para a Petrobras e para o Estado.

As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e desarticular completamente o esquema criminoso. O MPRN destaca a importância da colaboração da população para o sucesso das operações de combate à corrupção e crimes financeiros. Os investigados podem responder por crimes como desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre outros. A operação reforça a necessidade de maior transparência e controle na produção e comercialização de petróleo no estado, visando evitar novas ocorrências deste tipo.

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