Governo começa operação para retirar garimpeiros da Terra Indígena Munduruku

Operação para retirar garimpeiros da Terra Indígena Munduruku começa nesta terça-feira

A Operação Munduruku, que visa a retirada de garimpeiros ilegais da Terra Indígena Munduruku, no Pará, teve início nesta terça-feira (29 de agosto). A ação, coordenada pela Força Nacional, envolve cerca de 200 agentes e deve durar 30 dias.

A operação ocorre após denúncias de invasão e exploração ilegal de ouro na região, que coloca em risco a saúde e a segurança dos indígenas. O garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku já havia sido alvo de operações anteriores, mas a presença de garimpeiros persiste, gerando conflitos e contaminação ambiental.

Segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), a área da Terra Indígena Munduruku, com 1,8 milhão de hectares, abriga cerca de 12 mil indígenas, e está sob constante ameaça da atividade ilegal. A exploração do ouro na região causa desmatamento, contaminação de rios com mercúrio e doenças como malária e tuberculose entre os indígenas.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a operação visa combater o crime ambiental e proteger os direitos dos indígenas. “O governo está determinado a garantir a segurança dos indígenas e combater a exploração ilegal de recursos naturais”, disse Dino em comunicado.

A Operação Munduruku, além da Força Nacional, conta com o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Funai e Ministério Público Federal. A ação será dividida em duas etapas: a primeira, de identificação e mapeamento dos garimpos ilegais, e a segunda, de desativação dos garimpos e apreensão de equipamentos.

As ações de combate ao garimpo ilegal na região são acompanhadas de perto por organizações indígenas e ambientalistas. A expectativa é que a Operação Munduruku tenha sucesso em retirar os garimpeiros da terra indígena e proteger a saúde e os direitos dos indígenas.