Gatas-maracajá são resgatadas e pesquisadas no sudoeste do Paraná



Gatas-maracajás são resgatadas e pesquisadas no sudoeste do Paraná

– A equipe do Projeto “Gato-maracajá”, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizou o resgate e a pesquisa de duas gatas-maracajás (Leopardus wiedii) no município de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, no dia 29 de outubro. Os animais, um macho e uma fêmea, foram encontrados em áreas distintas do município, sendo a fêmea em um pomar e o macho próximo a um curso d’água.

O resgate foi motivado por ligações de moradores locais que relataram a presença dos felinos. Os animais foram capturados com segurança, utilizando armadilhas tipo “live traps”, que não causam nenhum tipo de dano. Após a captura, as gatas-maracajás passaram por um processo de avaliação clínica e coleta de dados, incluindo medidas corporais, peso e sexo.

Segundo o professor Ricardo Braga, coordenador do projeto, a pesquisa com as gatas-maracajás é essencial para entender a dinâmica populacional da espécie na região. “É fundamental que a gente conheça a situação da espécie no sudoeste do Paraná, para que possamos elaborar estratégias de conservação eficientes”, explica Braga.

Durante o processo de pesquisa, foram coletadas amostras de sangue dos animais para análise genética, que auxiliará na identificação da diversidade genética da população local. Além disso, os pesquisadores realizaram o procedimento de “foto-identificação”, que permite a individualização de cada gato-maracajá através de padrões únicos de sua pelagem.

Após a coleta de dados, as duas gatas-maracajás foram devolvidas à natureza no mesmo local onde foram capturadas. “É importante ressaltar que a soltura dos animais em seus habitats naturais é fundamental para a manutenção do equilíbrio do ecossistema”, destaca Braga.

O projeto “Gato-maracajá” da UFPR realiza pesquisas sobre a espécie há mais de 10 anos e conta com a colaboração de diversos pesquisadores e voluntários. A iniciativa visa contribuir para a conservação da espécie, ameaçada de extinção, e para a proteção dos seus habitats.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *