Galípolo não pode ‘dar cavalo de pau’ nos juros, diz Lula



Lula critica política de juros de Campos Neto: “Galipolo não pode dar cavalo de pau”

– O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a política monetária do Banco Central, comandada por Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira (21). Em declaração contundente, Lula afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seu secretário executivo, Gabriel Galipolo, não podem permitir que o Banco Central dê um “cavalo de pau” nos juros, numa referência à volatilidade e aos impactos da taxa Selic atual, que se mantém em 13,75% ao ano.

A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva concedida após reunião com governadores de estados na sede do partido, em Brasília. O presidente reforçou sua insatisfação com os altos juros, argumentando que eles prejudicam o crescimento econômico e a geração de empregos. Lula destacou a necessidade de conciliar o combate à inflação com o estímulo à atividade econômica, reiterando sua crítica à postura do Banco Central, que considera excessivamente focada no controle da inflação, mesmo com sinais de desaceleração.

Para Lula, a manutenção de uma taxa Selic tão elevada afeta diretamente os investimentos e o desenvolvimento do país. Ele reforçou que o governo busca um diálogo construtivo com o Banco Central, mas não deixará de pressionar por uma redução gradual dos juros, para que se possa reaquecer a economia e atender às demandas da população. A declaração presidencial chega em um momento de tensão crescente entre o Executivo e o Banco Central, com divergências públicas sobre a condução da política monetária.

O presidente, no entanto, não apresentou propostas concretas para alterar a política de juros, limitando-se a reiterar a necessidade de uma redução e a impossibilidade de se aceitar uma conduta que considere prejudicial aos interesses nacionais. A declaração deixa clara a preocupação do governo com os efeitos da alta taxa de juros na economia brasileira e reforça o compromisso em buscar uma solução que equilibre o controle da inflação com o crescimento econômico sustentável. A resposta do Banco Central à declaração de Lula ainda é aguardada.

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