G20: entenda os pontos principais da declaração final dos líderes divulgada no Rio
Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2024 – A cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, culminou com a publicação de uma declaração final que aborda uma série de temas cruciais para a governança global. O documento, divulgado após negociações intensas entre os líderes dos 20 países mais industrializados do mundo, destaca compromissos em áreas como a mudança climática, a reforma da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o desenvolvimento da África.
Um dos pontos centrais da declaração é o reforço do compromisso com o Acordo de Paris sobre o clima. Apesar de não apresentar metas quantitativas específicas, o texto reafirma a importância da limitação do aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, reconhecendo a necessidade de uma transição energética justa e equitativa. A declaração também incentiva investimentos em energias renováveis e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A reforma da OMS também ocupa um lugar de destaque na declaração final. Os líderes do G20 reiteraram o apoio à iniciativa de fortalecimento da organização, incluindo o aprimoramento de sua capacidade de resposta a pandemias e a promoção de sistemas de saúde mais robustos globalmente. A expectativa é de que a reforma contribua para uma resposta mais eficaz e coordenada a futuras crises sanitárias.
Outro ponto relevante da declaração é o foco no desenvolvimento sustentável e inclusivo da África. O documento reconhece a importância de se apoiar o continente africano em seus esforços para alcançar o desenvolvimento econômico e social, com foco em investimentos em infraestrutura, educação e saúde. A declaração destaca o compromisso dos países do G20 em apoiar a agenda de desenvolvimento da África, buscando a promoção de parcerias estratégicas e o aumento dos fluxos de investimento para a região.
Apesar do consenso em torno de vários pontos, a declaração final não foi isenta de desafios. Negociações difíceis sobre questões como a regulação de inteligência artificial e a dívida soberana de países em desenvolvimento ainda precisam de avanços. A ausência de metas numéricas concretas em relação a alguns compromissos também gerou críticas de ativistas e organizações da sociedade civil que cobram maior ambição e ações mais efetivas por parte dos países membros.
Em resumo, a declaração final do G20 no Rio de Janeiro apresenta um conjunto de compromissos em áreas importantes, mas também deixa claro que a implementação efetiva dessas propostas requer um esforço contínuo e colaborativo por parte de todos os países envolvidos. O sucesso da agenda definida dependerá da capacidade dos governos de traduzir as declarações de intenção em ações concretas e de monitorar o progresso rumo às metas estabelecidas.