Fundador da primeira milícia do Rio é preso por grilagem de terras



Fundador da primeira milícia do Rio é preso por grilagem de terras

– Acusado de ser o fundador da primeira milícia do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega, mesmo morto em 2020, continua a ser foco de investigações. Nesta quinta-feira (24), a Polícia Civil prendeu seis pessoas envolvidas em um esquema de grilagem de terras liderado por parentes dele, em Itaguaí, na região metropolitana do Rio. A operação, batizada de “Lótus”, desmantelou a organização criminosa que se apropriava ilegalmente de propriedades na região, demonstrando a influência duradoura do legado de violência e corrupção deixado por Nóbrega.

A operação, fruto de um trabalho de dois anos da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), resultou na prisão de seis pessoas, incluindo um sobrinho e uma cunhada de Adriano da Nóbrega. Segundo as investigações, o grupo usava documentos falsos para registrar terras em seus nomes, explorando a vulnerabilidade de posseiros e proprietários com documentação irregular. A estratégia criminosa envolvia a falsificação de escrituras, contratos e outros documentos para simular a propriedade legítima das terras. A investigação conseguiu recuperar aproximadamente 300 hectares de área invadida, o que representa um significativo golpe na estrutura de poder da organização criminosa.

As investigações da Draco apontam que a organização criminosa atuava há mais de uma década, lucrando com a venda ilegal das terras griladas. As investigações revelaram a utilização de empresas de fachada para encobrir as transações ilegais e dificultar o rastreamento do dinheiro. A complexidade do esquema indica um alto nível de sofisticação na organização do crime, evidenciando a persistência das estruturas criminosas mesmo após a morte de seu líder. Além das prisões, a operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão, com a apreensão de documentos e materiais que servirão como provas no processo judicial.

A prisão dos envolvidos na grilagem de terras representa um avanço significativo no combate à criminalidade organizada no Rio de Janeiro. A operação “Lótus” demonstra o esforço contínuo das autoridades em desarticular grupos criminosos que exploram a população e ameaçam a segurança pública, mostrando que as consequências dos atos criminosos de Adriano da Nóbrega se estendem além de sua própria morte, impactando até mesmo seus familiares e perpetuando um ciclo de violência e ilegalidade. A recuperação das terras griladas também significa a restituição de direitos a proprietários legítimos, demonstrando o impacto positivo da ação policial na vida de indivíduos e comunidades afetadas.

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